Jogo da vez: Demon's Souls (PS5)
A reapresentação digna de um clássico que revolucionou o gênero de RPGs de ação |
- Plataforma: PS5
- Metascore: 92 (User Score: 8.1) - Até o dia da postagem
- Análise: Michael
- Análise: Michael
Conforme eu disse na minha análise inicial do PS5 (ver aqui), já estava decidido a não comprar o console novo da Sony. Porém, quando fiquei sabendo que um dos jogos de lançamento seria justamente o remake de um dos meus jogos favoritos, Demon's Souls, confesso que fiquei com um gostinho ruim na boca. Felizmente, o coeditor me emprestou seu PS5 com uma cópia deste jogo e pude ter o privilégio de jogar esta excelente surpresa da Sony.
A Bluepoint Games já é conhecida como a "maga dos remakes" e inclusive já fiz a análise do seu trabalho anterior, Shadow of the Colossus (ver aqui). Coincidentemente, estes dois alvos de remake são alguns dos meus jogos favoritos de todos os tempos, sendo que Demon's Souls está nesta posição por ter sido aquele que iniciou a série Souls e praticamente criou um novo subgênero dentro dos RPGs de ação. Com dificuldade elevada, combate estratégico em tempo real e um excelente design de levels, o jogo original lançado exclusivamente para o PS3 em 2009 é sem dúvidas um marco na indústria de games, ainda que somente suas sequências (Dark Souls) tenham cimentado este papel por terem sido disponibilizadas em outras plataformas e alcançado um público maior.
Sendo assim, este remake tem dois papéis importantes, sendo o primeiro de reapresentar este clássico para uma nova geração de jogadores e o segundo de possibilitar, através de um hardware mais poderoso, a realização da visão completa dos seus criadores. Fico feliz em reportar que, nestes dois quesitos, o jogo é extremamente bem sucedido. E, de quebra, ainda traz algumas agradáveis surpresas para recompensar tanto os fãs dos primeiro quanto os novos aventureiros.
A maior mudança, claramente, está em termos visuais. Com as novas capacidades do PS5, o jogo traz uma qualidade gráfica muito acima do original e até mesmo dos jogos mais atuais, servindo como talvez a primeira grande amostra de gráficos da nova geração. Com texturas de primeira e efeitos de iluminação que parecem até melhor do que Ray Tracing, o jogo realmente me deixou de boca aberta em alguns momentos. Outra melhoria grande foi em termos das animações do personagem e dos inimigos, sendo que foram todas refeitas e até existindo agora diferenciação dos movimentos dependendo do sexo escolhido para o protagonista. Isso sem falar da redução dos tempos de carregamento para quase nada (graças ao SSD), o que ajuda bastante a diminuir a frustação em um jogo onde morrer é um resultado comum.
No quesito de design dos levels, a Bluepoint tomou a decisão acertada de não alterar o que já era praticamente perfeito e apenas elevou o nível de detalhes e realismo. Isso se aplica também aos modelos dos inimigos e à sua inteligência artificial. Como disse antes, temos algumas surpresas adicionadas e que funcionam muito bem para recompensar os mais apaixonados, como por exemplo uma porta fechada nova que exige um esforço hercúleo para ser aberta e revelar um item raro.
Em termos de jogabilidade e dificuldade, pouca coisa também mudou e isso é muito bom. Um dos pontos fortes do jogo original era justamente o combate estratégico e a dificuldade quase brutal, mas com a dose certa de recompensas e incentivos para fazer os mais persistentes vencerem o jogo sem se sentirem injustiçados.
O resultado é um jogo que traz uma atmosfera e uma pegada familiar para aqueles que jogaram o primeiro, mas com uma qualidade visual transformadora que eleva imensamente a qualidade da experiência final. E para aqueles que nunca jogaram o original, sem dúvidas é a versão ideal e definitiva para se fazer isso e experimentar um clássico que revolucionou o gênero de RPGs de ação.
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