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Filme da vez: Transformers - O Despertar das Feras (2023)

  

Uma piora em relação ao filme de 2018, mas que ainda vai conseguir entreter os fãs de Transformers menos exigentes

                                                                                                                         

Nota IMDb: 6,1 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Transformers: Rise of the Beasts
Ano de Lançamento: 2023
Diretor: Steven Caple Jr.
Estrelas: Anthony Ramos, Dominique Fishback, Luna Lauren Velez
Sinopse: Uma nova aventura que envolverá os Maximals, Predacons e Terrorcons na luta existente na Terra entre Autobots e Decepticons.
Crítica: Michael

A franquia dos Transformers no cinema já é quase uma maior de idade com seus 16 anos, mas não podemos afirmar que ela amadureceu durante esse tempo. Após um primeiro filme interessante em 2007, a franquia passou por altos e baixos (mais baixos do que altos) e virou uma referência de cinema recreação visando apenas o lucro e sem se apegar à qualidade. Em 2018 tivemos o interessante filme 'Bumblebee' (veja nossa crítica aqui) que conseguiu reviver a franquia com um foco mais restrito e uma história mais pessoal após o desastroso filme de 2017. Porém, infelizmente o mais novo filme 'Transformers: O Despertar das Feras' não segue as lições deixadas por Bumblebee e traz novamente um roteiro sofrível que, apesar de não ter as patacoadas de Michael Bay, se apoia unicamente na ação, efeitos especiais e nostalgia da década de 90 para entreter o espectador.

A trama se passa sete anos após os acontecimentos de Bumblebee, no ano de 1994. O "herói humano da vez" é Noah Diaz, um ex-soldado (bem conveniente) que está lutando para arranjar um emprego e ajudar a cuidar do seu irmão que tem anemia falciforme. Porém, ele acaba se envolvendo em mais uma trama mirabolante dos inimigos dos Transformers para destruir a Terra e dominar o universo que obrigará Noah e seus amigos robôs do bem a correrem atrás de um MacGuffin pelo resto do filme. A novidade aqui é a presença dos Maximals, uma linha dos transformers que se baseia em animais. Eles irão ajudar os Autobots a derrotar seus inimigos e salvar o dia.

Pela descrição acima fica claro que estamos de volta às tramas que envolvem destruição planetária e sem muito desenvolvimento de personagens. Apesar do filme tentar dar um ar mais humano à trama com a história tocante da relação entre Noha Diaz e seu irmão mais novo, a trama previsível, rasa e infestada de clichês impede que isso traga um resultado acima do razoável. E o filme também usa a nostalgia dos anos 90 como uma muleta e esfrega na cara do espectador todas as referências que pode para tentar arrancar simpatia. Pelo menos não temos as bizonhices de Michael Bay para afundar o barco de vez e no final a experiência pode gerar divertimento para aqueles que desligarem seu senso de lógica e baixar a expectativa em relação aos diálogos sofríveis. 

Uma boa história e personagens bem construídos seriam um excelente bônus para tornar a experiência mais interessante, mas sem dúvidas quem assiste a um filme desses está mais interessado na ação e nos efeitos especiais. E neste quesito é preciso dizer que temos ótimos momentos de luta entre os robôs e com uma boa qualidade de produção. Os visuais mais clássicos dos Autobots que remetem aos desenhos também ajudam no fator nostalgia, mas o ponto negativo vai para a tentativa exagerada de humanizar os robôs com momentos onde eles parecem ofegantes ou vemos um robô com sotaque latino. Em relação aos Maximals, em alguns momentos fica até difícil achar que eles são robôs com a escolha de misturar elementos de pelo com metal. 

Um ponto positivo é a dublagem de boa qualidade contando com nomes como Michelle Yeoh, Ron Pearlman e o engraçadíssimo Pete Davidson, mas quem continua roubando a cena é o lendário Peter Cullen com sua interpretação magistral de Optimus Prime apesar dos diálogos sofríveis que precisa entregar. No elenco humano, o único destaque vai para Anthony Ramos que se esforça para trazer um Noah Diaz como um herói menos clichê.

Infelizmente temos então mais um ponto baixo da franquia que, apesar de ser melhor que outros anteriores, certamente é uma piora em relação ao bom filme de 2018. Ainda assim, ele traz boas cenas de ação que irão entreter os fãs de Transformers e tem uma enxurrada de referências à década de 90 que devem também despertar nostalgia em algum momento para quem curtiu esta época. Recomendamos não pagar o valor da "locação digital", mas esperar ele aparecer em algum serviço de streaming e colocar na fila para um dia de chuva onde surgir um tempo para uma sessão pipoca totalmente descompromissada e com baixa expectativa.

Lembrando que você pode nos contatar através do email mexidodigital@gmail.com ou deixar seu comentário abaixo

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