Série da vez: 1883

 

Uma minissérie original do Paramount+ que conta a emocionante jornada dos Dutton rumo ao oeste selvagem em busca de terras para cultivar e viver, enfrentando os desafios da época, com destaque para sua produção de qualidade e atuações marcantes

                                                                                                                                            

Nota IMDb: 8,7 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: 1883

Criador: Taylor Sheridan

Estrelas: Sam Elliott, Tim McGraw, Faith Hill, Isabel May

Sinopse: Segue a família Dutton numa viagem para oeste através das Grandes Planícies até ao último bastião da América indomada.

Crítica: Michael

Recentemente, fiz a crítica de uma série derivada de Yellowstone chamada 1923 (que pode ser vista aqui), onde mencionei que existe outra série criada anteriormente, que conta a história de como os Dutton chegaram às suas terras em Montana. Trata-se da minissérie original do Paramount+ chamada 1883, que tenta mostrar a dificuldade de uma viagem épica para atravessar os EUA em uma época em que a lei era um conceito vago, a natureza era quase intocada e igualmente desafiadora. Fico feliz em reportar que ela não só consegue fazer isso, mas também emociona com atuações marcantes e uma história comovente de uma família em uma luta feroz para sobreviver e alcançar seus sonhos.

A trama se passa em 1883 e mostra os Dutton começando uma jornada rumo ao oeste selvagem em busca de terras para cultivar e viver. Eles se juntam a um grupo de imigrantes europeus que também buscam a mesma coisa e que estão sob o comando do ex-capitão Shea. Ele tem a tarefa de conduzi-los em segurança nesta viagem desafiadora que os fará enfrentar os elementos, a natureza e a ameaça de bandidos e nativos americanos pelo caminho.

O primeiro ponto que se destaca é a boa qualidade de produção que, apesar de não ter nada grandioso, consegue reproduzir muito bem a época em termos de figurinos e cenários. Isso sem falar do uso de animais verdadeiros e quase nenhum efeito de computação, algo raro nos dias de hoje. Outro ponto positivo são as locações belíssimas que enchem os olhos do espectador e conseguem passar a dimensão do desafio enfrentado pelos pioneiros em sua jornada para ocupar o oeste americano. Também é preciso falar da mágica trilha sonora, que é muito emocionante e inspiradora.

O roteiro é muito bem escrito e consegue contar com muitos detalhes o drama da viagem e dos seus participantes durante os dez episódios com cerca de uma hora cada. A escolha de colocar como narradora a filha mais velha da família Dutton, Elsa, é muito acertada, e suas reflexões trazem peso e emoção aos fatos. O fato dela ser a personagem principal também ajuda, mas todos os protagonistas têm tempo suficiente para aparecer e serem explorados.

E o elenco me surpreendeu com suas atuações porque não estamos diante de nomes tarimbados de Hollywood, com exceção de Sam Elliott, que é uma figura mais conhecida. Ele está perfeito no papel de Shea, um homem amargurado pelo seu passado e que precisa conduzir o grupo com força para que a viagem seja possível. É difícil ver outra pessoa em seu papel, tanto que ele chegou a ser premiado por ele. Outra excelente escolha foi Isabel May como a protagonista Elsa. Ela encanta com sua beleza e surpreende com seu enorme talento e confiança. Destaque também para o cantor country Tim McGraw como James Dutton e para sua esposa na vida real, Faith Hill, como a esposa de James, Margaret Dutton.

Temos então um excelente drama familiar com uma história interessante, boa produção e atuações de primeira. Mesmo quem não for fã de conteúdo de época pode dar uma chance por conta da enorme qualidade desta minissérie e da sua capacidade de emocionar e surpreender. Isso sem falar que ela serve como uma dramatização da jornada dos pioneiros pelo oeste americano e dos desafios que ela impunha. 

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