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No Netflix: O Desconhecido (2022)

 

Um drama criminal com uma pegada alternativa e boas atuações, mas que pode decepcionar os que buscam algo tradicional
                                                                                                                   

Nota IMDb: 6,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Stranger
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Thomas M. Wright
Estrelas: Joel Edgerton, Sean Harris, Jada Alberts
Sinopse: Um policial disfarçado constrói uma forte conexão com um suspeito de assassinato para ganhar a confiança dele e conseguir uma confissão.
Crítica: Michael

Os filmes de crimes baseados em fatos reais costumam causar um grande impacto no espectador e isso é ainda mais verdadeiro quando o fato envolve alguma criança. Um dos exemplos mais emblemáticos da Austrália ocorreu em 2003, quando um menino de treze anos desapareceu em uma parada de ônibus, e o caso ficou sem solução por mais de oito anos. Este filme original da Netflix se baseia neste caso e foca na operação policial que se infiltrou próximo ao principal suspeito em busca de uma confissão. Com uma abordagem um pouco alternativa e boas atuações da dupla de protagonistas, o filme tem um clima perturbador e consegue se diferenciar dos demais do gênero, mas pode não agradar quem busca algo mais tradicional.

A trama mostra uma das maiores operações policiais da história da Austrália, que procura resolver o caso do menino desaparecido em 2003. No entanto, o filme se concentra na parte da infiltração de um agente próximo ao principal suspeito para tentar arrancar uma confissão. Um aviso importante é que o filme não retrata o crime em si, possivelmente para manter o suspense sobre o desfecho e casar melhor com a visão de algo ainda em aberto. O roteiro foca na operação policial para encontrar o responsável e vai construindo-a aos poucos, revelando mais detalhes, mas faz isso com uma abordagem mais alternativa e artística que funciona como uma metáfora sobre a escuridão que há dentro de uma pessoa capaz de cometer um crime brutal contra uma criança. A fotografia do filme reflete essa escuridão, assim como o retrato do suspeito e sua personalidade errática e distorcida, além do impacto que o caso gera no detetive escolhido para se aproximar dele. Isso sem dúvida produz um resultado que se diferencia de outros filmes do gênero, com um clima sombrio e perturbador, mas pode não agradar aqueles que buscam algo mais tradicional devido à confusão que gera em alguns momentos e também pelo final que não é tão direto e definitivo quanto alguns possam esperar.

No centro do filme estão as performances dos dois protagonistas. Sem dúvida, o grande destaque vai para Sean Harris e seu retrato do suspeito em uma performance propositalmente contida, mas ainda assim muito assustadora e convincente ao retratar uma pessoa claramente perturbada. Já Joel Edgerton retrata o policial infiltrado de uma maneira impactante que explora as consequências de um trabalho que expõe você a conviver com um criminoso e ter que entrar em sua mente para prever suas ações.

No final, temos um drama policial interessante e, de certa forma, alternativo devido à sua forma diferente de explorar o gênero, tanto visualmente quanto em termos de roteiro. Quem estiver esperando algo mais tradicional com uma trama linear e um desfecho claro pode se decepcionar, mas aqueles dispostos a dar uma chance podem ter uma experiência diferente que explora outros aspectos e que é elevada pela boa atuação da dupla de protagonistas.

 

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