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Documentário da vez:Vulcão Whakaari - Resgate na Nova Zelândia(2022)

Em um dramático resgate vemos como um lugar turístico muito bonito e "radical" acabou virando uma armadilha mortal para muitos e o que pode ser aprendido desse episódio. Mais detalhes, sem spoilers, na crítica abaixo

Um registro impressionante da violência da natureza



Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original:  The Volcano: Rescue from Whakaari
Ano de Lançamento: 2022
Diretora: Rory Kennedy(produtora de uma série de filmes como Above and Beyond: NASA's Journey to Tomorrow(2018), Queda Livre:A Tragédia do Caso Boeing), Without a Net:The Digital Divide in America(2017), essa última uma das mais polêmicas)
Estrelas: Mark Inman(irmão de Hayden), Hazel Osbone(repórter que estava próxima das equipes de resgate na ilha), Pouruto Ngaropo(líder Maori que explica a relação da ilha com o vulcão), Andy McGregor(o comissário de polícia), Lauren Urey(uma das sobreviventes, casada com Matt), Matt Urey(outro sobrevivente), Jesse Langford(turista que tem um relato assustador), Kelsey Waghorn(guia que foi fortemente atingida), Brian DePauw(piloto de helicóptero que teve um papel importante na história), Geoff Hopkins(uma pessoa certa no lugar errado) , entre outras pessoas envolvidas.
Crítica: Dissonantbr

Naquele esforço de dar uma chance para a NetFlix, um gênero que antes tinham dados bons frutos, os documentários, tem tido uns deslizes, não só pela exploração de crimes famosos(afinal de contas isso dá muita audiência, mas... será que é justo com as vítimas, ou instrutivo de alguma forma?), mas também erros em forma de exageros ou simplesmente má ciência(como um que fala sobre povos antigos). Por isso escolhi a dedo esse já que é um caso que não deve ter como errar muito, certo?

E logo de cara uma das coisas que mais impressiona é que o chamado Whakaari, ou Ilha Branca, é fácil um daqueles lugares que você já viu algo parecido em algum documentário sobre os diferentes e até inóspitos lugares da Terra. As cores impressionantes, a continua atividade por meio de gases, os cheiros relatados, tudo além de ser um lugar mágico para os geólogos, remonta a uma Terra primal... e principalmente violenta.

Dividindo a história em basicamente três núcleos vemos a reconstrução dos eventos, a erupção e o resgate, assim como as marcas, como a superação para parte dos sobreviventes. Como ocorreu em 9 de dezembro de 2019 e por ser um lugar turístico e com grande apelo fotográfico, houve farta documentação, o que é bem utilizado no documentário.

E é bom avisar que há momentos complicados, principalmente sobre os relatos das queimaduras. A fumaça vulcânica além de ter grande aceleração e ser acompanhada por pedras grandes e perigosas tanto pelo seu peso como velocidade e altura que elas caem, também vem acompanhada pelo problema da proximidade do ponto de erupção, a qual se estima que dependendo do lugar tenha chegado a absurdos 1000 graus. Dos 47 turistas presentes na região, infelizmente 22 morreram. A comparação à Pompéia vem logo a mente, lembrança mais viva nos anos 80, mas foi se perdendo com o tempo. Alguns até hoje não tiveram seus corpos encontrados. Aqui está a matéria do dia do incidente. Na internet há vários vídeos sobre o incidente, mas não recomendo pelo forte conteúdo. O documentário mostra o mínimo possível e busca proteger a memória de quem sofreu. E também o reconhecimento aos que se arriscaram no resgate.

Muitos anos depois o episódio ainda é tratado de forma como uma fatalidade, mesmo com a acusação de alguns que não era um lugar seguro para ser visitado. Tanto que a ilha continua proibida a visitação, mesmo sendo uma vista tão comum para muitos do pessoal da Nova Zelândia. 

Resumindo, é um documentário que tem um respeito quanto às vítimas, tem farta documentação não só de relatos dos sobreviventes, mas também de como era o lugar e o que sofreram, assim como a história de superação de muitos. É um documentário de como a natureza pode ser violenta e de o porquê se deve respeita-la, principalmente não acreditando na sua suposta domesticação, ou pior ainda, uma mera atração turística. Disponível na NetFlix.



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