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No NetFlix:Zona de Confronto(2020)

Dois policiais ficam presos em um gueto e solicitam resgate que não vai vir. E passando por uma série de situações vão aos trancos e barrancos tentar sair de lá, mas suas convicções não vão ser as mesmas. Confira porque vale a pena dar uma chance a esse filme de ação dinamarquês, como praxe, sem spoilers, e entendendo as suas limitações.
Mesmo com os seus problemas, é um interessante passeio no inferno tão conhecido



Nota IMDb: 6,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2020
Diretor: Anders Ølholm(conhecido por em Animas breve(2017) e  Garoto-Formiga(2013) e Frederik Louis Hviid(Estação Temple(2021), Halvmand(2016) e Bedrag(2019))
Estrelas: Jacob Lohmann(como o fora da casinha Mike Andersen), Simon Sears(como o sob pressão Jens), Dulfi Al-Jabouri(como o sem perspectiva Sami), Özlem Saglanmak(como samaritana Abia),  entre outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Já há várias anos atrás, estava em curso de formação no centro da cidade e um colega que era de outro estado foi assaltado no final do dia voltando para o seu hotel. Perguntei se ele tinha feito a ocorrência e ele falou que não. Achei bizarro e perguntei o porquê. E ele relatou o que aconteceu com ele quando ele passou por uma situação parecida no Rio. O policial começou insinuar que era mentira e o que ele ganharia com simulando o roubo. E assim ele não prestou queixa. Falei que aqui era diferente e que ia ver um tratamento bem melhor, o que de fato aconteceu. 

Nós brasileiros conhecemos bem a violência policial e também zonas onde há pouca ou nenhuma presença do Estado. Por isso é curioso ver o que imagina uma obra de ficção sobre um dia quando um gueto fica fora de controle e policiais ficam presos nele.

E aqui dois policiais que são bem diferentes entre si acabam caindo em um turno que eles já sabiam que poderia ser problemático já que um pouco antes um incidente com um jovem poderia gerar fortes manifestações populares, quiçá uma convulsão social de dias. Só que velhos hábitos de um dos policiais iria coloca-los em apuros assim quando os medos deles se concretizassem.

Seria muita ingenuidade minha afirmar que não temos guetos no Brasil, até mesmo pela gritante diferença de distribuição de renda, mas lá fora a coisa é um pouco diferente. E esse passeio estranho de preconceito, falta de oportunidades, um micro sistema que alimenta crenças limitantes dentro de outro maior, convencendo-as de coisas que elas nem são, tudo isso é bem real para muitos brasileiros que estão no exterior, alguns sentimentos conhecemos muito bem. E talvez para alguns dinamarqueses deve ter sido chocante. Para nós é uma terça qualquer.

Em termos técnicos o filme é super simples, com história de igual complexidade, com boas performances dos três protagonistas, com destaque para Dulfi Al-Jabouri que faz o jovem Sami, assim como Jacob Lohmann como o louco Mike. E tem algo de muito familiar em Simon como o não tão certinho Jens. 

Muitos definiriam esse filme como uma mistura de Dia de Treinamento com Fuga de Nova Iorque com La Haine(O Ódio), lá do longuíssimos ano de 1995! Com Vincent Cassel novinho! Vale muito a pena ver!

Resumindo, de um filme que eu jurava que ocorria na França, mas é na Dinamarca, é interessante junção de ação e suspense com alguma reflexão social. De fato é um filme que entretêm, mas carece de maiores reflexões. E não há nada de errado nisso se não temos algo gritantemente errado. Vale conferir. Disponível na NetFlix.




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