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Filme da vez: A Mulher Rei (2022)

   

Um épico histórico que abre mão da veracidade para contar uma trama inspiradora com boa ação e drama
                                                                                                                         

Nota IMDb: 6,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Woman King
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Gina Prince-Bythewood
Estrelas: Viola Davis, Thuso Mbedu, Lashana Lynch
Sinopse: Um épico histórico inspirado nos fatos que aconteceram no Reino do Daomé, um dos estados mais poderosos da África nos séculos XVII e XIX.
Crítica: Michael

No decorrer da história da cultura ocidental as mulheres dificilmente assumiram a posição de guerreiras ou combatentes. Porém, em outras culturas isso não era incomum, como por exemplo no caso das Agojie, guerreiras africanas do Reino de Daomé que existiu entre os séculos XVII e XIX. Este filme é inspirado na história real destas mulheres e, apesar de alterar alguns pontos históricos relevantes, ele é muito bem sucedido na tarefa de montar uma trama interessante, com boa ação e que ainda traz à luz temas relevantes sobre preconceito racial e machismo.

O roteiro mostra o estilo de vida destas guerreiras africanas durante o reinado de Ghezo no século XIX, enfatizando seu treinamento e sua importância militar e social na comunidade. Neste cenário, a líder Nanisca precisa enfrentar os fantasmas do seu passado enquanto ensina e jovem Nawi e ainda precisa ajudar seu povo a sair da opressão de um reino vizinho e também a abandonar a prática da venda de escravos. Este último ponto é a principal alteração em relação aos fatos históricos, pois o Reino de Daomé era uma nação inteiramente focada na expansão bélica e violenta que vendia os povos dominados, inclusive usando as Agojie como forma principal de obtenção de novos escravos durante toda a sua existência. Desta forma, esta alteração é compreensível e resulta em uma trama mais inspiradora. Os conflitos pessoais de Nanisca e Nawi também são pontos fortes, assim como as cenas de batalha e o desfecho empolgante. O destaque negativo vai para o romance forçado colocado na trama e que não acrescenta em nada.

Mas dificilmente teríamos este resultado positivo se não fosse pelas excelentes atuações de grande parte do elenco. Viola Davis se entrega totalmente ao papel de Nanisca e fica difícil imaginar outra pessoa nele. Ela esbanja seu talento dramático e carisma, roubando a cena também nas cenas de batalha e mostrando um lado mais físico que ainda não havia explorado tanto em sua carreira. A jovem Thuso Mbedu também brilha como Nawi em uma atuação muito convincente e emocionante, assim como Lashana Lynch que emana carisma e confiança de todos os seus poros.

Temos então um ótimo épico histórico com pitadas de drama que irá entreter os fãs do gênero. Os mais puristas podem questionar as liberdades criativas, mas ao meu ver elas são justificadas para contar uma história mais inspiradora. Vale também pelas ótimas performances de Viola Davis e da maioria do elenco, assim como pelas reflexões sobre preconceito racial e machismo que infelizmente continuam muito atuais.

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