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Filme da vez: Os Banshees de Inisherin(2022)

Em um filme super simples, porém profundo, um amigo parar de querer falar com outro, o que gera uma espiral de situações...extremas para eles e praticamente toda a pequena cidade. Descubra o porquê ele está dando o que falar, como de praxe, sem spoilers na crítica abaixo.

Até algo mais nos separe! :P

Nota IMDb: 7,8 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original:  The Banshees of Inisherin
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Martin McDonagh(que aqui também assina o roteiro, é associado mais logicamente à Na Mira do Chefe(2008), Três Anúncios para um Crime(excelente filme de 2017) e Sete Psicopatas e um Shih Tzu)
Estrelas: Colin Farrel(como o perdido Pádraic Súlleabháin), Kerry Condon(como a irmã de Pádraic, Siobhán), Brendan Gleeson(como o rapaz que teve uma ideia nova de vida Colm Doherty), Barry Keoghan(como o coitado até certo ponto Dominic Kearney), entre outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Uma informação que você não vai ter no filme é que diabos é uma banshee. Segundo a mitologia celta é uma espécie de fada, só que a mais maligna. E essa informação, junto com outras metáforas no filme, que é e não é uma comédia, ou melhor, uma comédia de erros, faz desse filme um curioso caso simplicidade de roteiro, mas com grandes profundidade de significado, ainda que possa ser lento para muitos.

Tudo se passa em Insiherin, uma pequena cidade da Irlanda em 1929, em plena guerra civil Irlandesa, que até se pode ouvir os tiros de lá, mas aqui a calma e tédio da vida de Pádraic é interrompida pela ideia fixa de Colm de que a sua amizade com ele não faz sentido. Aliás é justamente a busca de sentido de vida que faz Colm fazer algo tão "radical". E ainda que limitado em alguns aspectos, Pádraic não vê porque ele estaria sendo punido e insiste em saber o real motivo de tão brusca briga/rompimento.

Claro que a fotografia dos tranquilos e verdes campos, cercados por muros de pedras, as tão poucas rotas que o espectador já vai saber pra onde os personagens vão depois de algumas vezes, clássicos personagens de muitas cidades pequenas pelo mundo e o desenvolvimento dos dois grandes protagonistas, tudo isso faz dessa história algo realmente interessante. E claro, as metáforas, seja da Guerra Civil, seja talvez da União Europeia e a Inglaterra, ou essa nossa mania de sempre procurar algo para nos diferenciar e nos dividir. E claro, tudo isso envolto em teórica busca de sentido de vida. 

E não é só o roteiro que guarda papéis curiosos para os animais(conta a lenda que Colin Farrell foi mordido e empurrado algumas vezes durante a produção por alguns animais), mas a excelente performance dos atores, especialmente Brendan Gleeson como Colm, claro, Colin, mas especialmente Kerry Condon como a dividida Siobhán e o também limitado Barry Keoghan como Dominic. 

Resumindo, é uma interessante reflexão sobre amizade, objetivos de vida, tédio e muita cabeça dura dentro de uma relação que um lado não quer ceder, logo vai ter briga. E quase sobrar pra todo mundo. Por isso às vezes vale se perguntar pra que mesmo que estamos brigando? Disponíveis nos cinemas e forte candidato ao Oscar depois de prêmios e dois Globos de Ouro. 

E claro, aproveitando que está relacionado, uma dica de ouro, vale escutar o excelente episódio 369 do Naruhodo "Por que é mais difícil fazer amigos quando envelhecemos?" . Mais uma vez eles mandaram muito bem! E tem pontos de contato com o filme, sem dúvida.



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