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Série da vez: O Paciente

 

Um seriado com uma boa premissa, ótimo elenco e início promissor, mas que perde o ritmo e tropeça no final

                                                                                                                                           

Nota IMDb: 7,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Patient
Criadores: Joel Fields, Joseph Weisberg
Estrelas: Steve Carell, Domhnall Gleeson, Linda Emond
Sinopse: Um psicoterapeuta que recentemente perdeu sua esposa, é raptado por um assassino serial com o esquisito pedido de ajudá-lo para conter seus impulsos homicidas.
Crítica: Michael

Os assassinos em série são considerados como o pior tipo de sociopata ou psicopata e muitas vezes retratados como monstros. Porém, na realidade, muitas vezes estes "predadores humanos" são pessoas funcionais e que, apesar de diferentes, conseguem cometer seus crimes sem levantar suspeitas para os parentes, vizinhos ou colegas de trabalho. Desta forma, não seria impossível que uma pessoa dessas pudesse procurar ajuda através da terapia. Pois é justamente nesta boa premissa que esta minissérie original da Star+ aposta, mas apesar de começar muito bem e contar com performances interessantes dos protagonistas, ela perde força e tropeça com um final anticlimático.

A trama mostra o terapeuta judeu Alan Strauss que perdeu recentemente a esposa e ainda luta para resolver um conflito familiar com seu filho que virou ortodoxo. Enquanto isso, ele tenta seguir com sua carreira e começa a atender um paciente chamado Sam, mas que na verdade é um assassino em série que acaba o raptando e o acorrentando no sótão da casa da mãe onde está morando. Ele então confessa tudo e pede para que o Dr. Strauss continue o tratando para acabar com seu impulso de matar.

Quem já fez terapia sabe que a confiança e o respeito são fundamentais para que se obtenha um resultado positivo e este seriado subverte este conceito e coloca o terapeuta em uma situação extrema onde teme por sua vida e pela vida das pessoas ameaçadas pelo assassino. A princípio esta premissa é bem explorada e vemos a dinâmica dos dois crescendo e gerando situações interessantes, principalmente quando a mãe também entra em cena para revelar um sistema familiar doentio. Porém, aos poucos o ritmo diminui e o seriado se arrasta além do necessário, repetindo algumas situações e diminuindo a tensão. Isso sem falar que algumas decisões do terapeuta são questionáveis e difíceis de entender. Para piorar, ao tentar ser diferente do esperado o final é bastante anticlimático e não resolve de maneira satisfatório todo o conflito montado, deixando um gosto amargo no espectador.

Mas um dos pontos altos do seriado são as performances de Alan e Stam, interpretados por Steve Carell e Domhnall Gleeson. Carell mais uma vez mostra que tem talento de sobra além da comédia e convence no papel de um terapeuta em conflito apesar dos pontos no roteiro mencionados acima. Já Gleeson tem uma atuação excelente com uma imprevisibilidade que ajuda a aumentar a tensão e que nos faz acreditar mesmo que ele se encaixaria na descrição de um assassino em série que passaria desapercebido pelas pessoas próximas.

Mesmo que o resultado não tenha sido tão positivo quanto o potencial considerando a premissa, a qualidade do elenco e o início promissor, ainda temos um bom seriado para os que gostam de drama com crime. Deixo apenas o alerta de que, apesar da violência não ser tão gráfica, ainda há muitos momentos que podem chocar os mais sensíveis. 

Disponível na Star+ neste link

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