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Filme da vez:Babilônia(2022)

Exageros. Essa palavra define bem o que vamos ver em tela. E talvez o primeiro erro do menino de ouro de Hollywood Damien Chazelle. Mas há acertos, alguns bem previsíveis. Confira o porquê na crítica abaixo, como praxe, sem spoilers.

Errou a mão...De forma exagerada...


Nota IMDb: 7,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original:  Babylon
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Damien Chazelle(o curta Whiplash(de 2013) que daria luz ao Whiplash: Em Busca da Perfeição (2014), O Ultimo Exorcismo - Parte 2(2013), Toque de Mestre(2013), Rua Cloverfield, 10(2016), La la land, Cantando Estações(2016) e O Primeiro Homem(2018))
Estrelas: Diego Calva(como o pau pra toda obra Manny Torres), Margot Robbie(e pior que realmente nem é questão de época, mas sempre tem uma assim Nellie LaRoy), Jean Smart(como a necessária e sábia colunista Elionor St. John), Brad Pitt(como o decadente Jack Conrad), Jovan Adepo(como o talentoso e ralador Sidney Palmer), Olivia Wilde(como a louca Ina Conrad(beeeem rapidinho), Li Jun Li(como a linda e baseada em atriz asiática, aqui Lady Fay Zhu), Tobey Maguire(como o louco James McKay), entre outras estrelas.

Crítica: Dissonantbr


Já estava lustrando meu sapatinho verde para o mais novo épico, gigante, polêmico, histórico, audacioso, vitaminado filme daquele menino que não tinha errado nenhuma vez e mega premiado Damien Chazelle, porém dada as primeiras reações, algo estava fora do lugar. Algo deu errado no feitiço cinematográfico e segundo alguns é que ele pecou feio pelo exagero.

Em um clima de muita coisa que não chegaria a chocar muito no Rio Babilônia(ou um carnaval qualquer dos anos 70/80) vemos os anos muito loucos de Hollywood quando a grana começou a sofrer as consequências da decadência do cinema mudo e a mudança para o cinema falado. Em um conjunto de pequenos núcleos orbitando Margot Robbie com a sua personagem praticamente punk(e inspirada em duas atrizes It Girls dos anos 20) como Nellie LaRoy e o imigrante Diego Calva como Manny Torres,  vemos como as primeiras grandes estrelas do cinema ficaram desnorteadas com as inovações técnicas, as exigências de voz e interpretação(e velocidade e naturalidade, algo que fica BEM evidente se você for ver os antigos clássicos dessa época), coisa que foi muito bem trata em um excelente filme que ganhou o Oscar de Melhor Filme e outros 4 de outras categorias , "O Artista" lá em 2011(recomendo demais!!!)... E ambos compartilham aquele sentimento de fascínio não só do público, mas de todos os envolvidos na indústria. 

E como um filme de Chazelle, temos uma excelente trilha sonora, principalmente na história de Jovan Adepo como Sidney Palmer, também inspirado em alguém bem famoso(o leitor vai descobrir rapidinho quem), também falando no esforço por algo acima da média, a fama e os problemas. E também a engenharia de produção com as roupas, cenário, carros, tudo isso impressiona em cena. E claro, as danças e coreografia são excelentes. E claro, a parte técnica excelente nem que naquela característica que vai render com certeza um vídeo do Gaveta em ir e voltar com a câmera entre dois assuntos em tela. E sim, alguns momentos poéticos. E não tem como não dizer que há excelentes atuações, principalmente Brad Pitt, Diego Calva e Margot Robbie, ainda que erre às vezes para quase a Arlequina. Ou algo meio DC huahauha...:P Ou seja, se tem tudo isso, não tem como errar, certo?

Contudo, lembra que eu falei que o filme peca pelo excesso. Aqui em um recurso narrativo, há o desagradável, o grotesco, o feio em costume, o covarde ou superficial, tudo isso deveria servir pra enfatizar ainda mais a decadência de Hollywood, porém acaba depondo contra o filme. Quase como um adolescente problemático. Teria sido uma aposta perdida pra alguém para algumas coisas em tela? E sim, há váaaaaaaaarios momentos históricos documentados sobre partes da história do cinema que são retratados na projeção, mas a fragmentação da história, a vontade de chocar ou simplesmente apontar como "olha que louco" acaba enfraquecendo o filme, constituindo o primeiro que o público pode chegar ao final e "e era só isso?". Estranhamente lembra outro recente "quase" que foi o Amsterdam(2022). 

Resumindo, nas suas três horas e 9 minutos, vemos um épico como registro de amor e loucura sobre o mundo do cinema(e sim, ele já tem lugar de fala com muita sobra pra isso), porém a coisa perde o rumo fácil e a dúvida de estamos vendo e principalmente o porquê é o que mais irrita. Não é um desastre, mas como uma estrela(olha o gancho), colapsa sobre o próprio peso. E rever esse filme é algo que eu recusaria fácil. Mesmo que tenha seus méritos. Disponível por enquanto nos cinemas.

 


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