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No NetFlix: Caleidoscópio (2023)

  

Uma minissérie que atrai pela novidade, mas que decepciona em outros aspectos

                                                                                                                                                                     

Nota IMDb: 6,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Kaleidoscope
Criadores:  Eric Garcia
Sinopse: Um ladrão magistral e sua equipe querem roubar 7 bilhões de dólares. Mas, para o plano dar certo, eles terão que lidar com traições, ganâncias e muitas outras ameaças.
Artistas: Giancarlo Esposito, Rufus Sewell, Paz Vega
Crítica: Michael

Era uma vez uma época em que o NetFlix reinava supremo como a plataforma de streaming imbatível. Estes dias se foram e agora com a concorrência de peso vindo principalmente da Disney+ e da Apple TV+, o Netflix vem investindo pesado em conteúdo original e em experiências inovadoras. Isso já gerou seriados interativos e até mesmo jogos de trivia. A bola da vez é Caleidoscópio, uma minissérie original cujo elemento diferencial é o fato de seus oito episódios poderem ser assistidos em qualquer ordem e inclusive ter ordens diferentes sugeridas para cada usuário da plataforma. Ainda que isso seja algo interessante, a verdade nua e crua é que, independente da ordem escolhida, o resultado final será no máximo mediano.

A minissérie conta a história de um ladrão experiente que foge da prisão e planeja um último golpe mirabolante para se vingar do homem que o traiu e colocou na cadeia. Até aí não temos nada diferente de muita coisa que foi vista antes. Para piorar, a fim de conseguir fazer sentido independente da ordem que se assista aos episódios, cada um deles precisa ser contido e não ter tanta ligação com os demais, o que acaba limitando bastante o elemento de surpresa e de coesão que geralmente vemos em um seriado de qualidade e que foi bem planejado. E mesmo sugerindo ordens aleatórias para os usuários, o NetFlix divulgou a ordem que considera "certa" e outras ordens como por exemplo uma para fans de Quentin Tarantino. Esta crítica é baseada na ordem considerada correta, mas lamento informar que mesmo assim a experiência perde e muito para outras do mesmo gênero. Claro que existem pontos positivos, mas algumas atuações do elenco deixam a desejar, a produção tropeça em alguns momentos e nem o mais misericordioso fã poderia considerar os diálogos dignos de uma obra de Tarantino independente da ordem escolhida.

Porém, um dos pontos altos é sem dúvida a atuação do sempre carismático Giancarlo Esposito. Ele esbanja seu charme e consegue retratar bem um ladrão em fim de carreira e com conflitos entre sua vida pessoa e as escolhas erradas que fez. Rufus Sewell também se destaca e consegue fazer um excelente contraponto à figura de Esposito. Do resto do elenco, temos Paz Vega que merece louvor por sua entrega e confiança, assim como Tati Gabrielle e Jay Courtney, mas os demais sofrem um pouco com personagens planos e atuações apagadas.

Desta forma, o maior atrativo deste seriado é mesmo a questão dele poder se assistido em diferentes ordens e ainda fazer sentido no final. Porém, o fato deste tipo de mídia dificilmente gerar a necessidade das pessoas assistirem mais de uma vez acaba esvaziando esta novidade e seu propósito. Isso sem falar que o conteúdo como um todo deixa a desejar em vários aspectos, principalmente pelas concessões necessárias para se adequar a este formato inovador.

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