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Filme da vez:O Menu(2022)

Em um filme que é uma resposta e crítica ao estado atual não só do cinema, mas a produção artística, realmente nasceu para ser estudado e depurado. E não vê problema disso. Na verdade ele convida a fazê-lo. Confira do que diabos estamos falando na crítica abaixo, como sempre, sem grandes spoilers.

O que te satisfaz?



Nota IMDb: 7,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original:  The Menu
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Mark Mylod(conhecido pela série The Affair:Infidelidade(2014), Backstrom(2015), Minority Report(2015), Game of Thrones, Shameless, e a especialidade em decifrar os muito ricos com Succession)
Estrelas: Ralph Fiennes(como o detalhista Chef Slowik), Anya Taylor-Joy(como a que só queria comer bem Margot), Nicholas Hoult(como alguém realmente interessado na experiência Tyler), Hong Chau(como a obediente Elsa), John Leguizamo(como um decadente estrela),  entre outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Em 2019, em um momento de sinceridade e/ou rancor, ou simples desafio, Martin Scorsese causou na indústria de cinema ao definir em uma entrevista para a revista Empire que filmes como os da Marvel não eram cinema. Vem a pandemia, a relação entre os cinemas e as produtoras fica mais tensa, os streamings sofrem pressão por um volume maior ainda de produções e... Aí os relatos divergem sobre alguns fatos. Teria a crítica e parte dos cineastas se distanciado do público? Ou o público se infantilizou? Ou faltam novas vozes no show? Ou só é fase?

E o que isso tudo tem a ver com o filme? Tudo! :P Aqui é uma clara metáfora sobre a produção artística com espelhamento à outra arte que é a alta cozinha que aqui no blog esteve tão presente ultimamente. :P Na história vemos um grupo bem seleto de pessoas que são convidadas a uma experiencia única gastronomica com uma série de pratos de um renomado e misterioso chefe. E esse chefe é extremamente meticuloso com detalhes e principalmente o método. Tudo militarmente hierárquico e sem questionamentos ou dúvida. E no final o Chef exige algo em troca aos clientes. 

Em um jogo de intenções, símbolos, metáforas e comportamentos somos levados a um tenso e progressivo jogo entre o Chef, os clientes e nós público. Até o recurso de autocrítica está presente, principalmente na parte final o que pode levar algumas pessoas à impressão que é bem um filme cabeça/sapatinho verde e ele o é  até criticando a sua própria natureza. Ou seja, vai muito mais longe do o já velho Birdman foi na crítica do mundo de super-heróis, mas passa longe do egotrip comum dessa industria. E ele surpreendente no ponto que Margot mostra que mesmo não sendo o público esperado, não significa que é um grupo que sabe o que quer ou é burro. Muitas vezes não compreendido ou subestimado. 

E no elenco vemos a pratica dobradinha de Ralph Fiennes como o Chef Slowik e a deslocada, mas fundamental Anya Taylor-Joy como Margot, orbitando Hong Chau como Elsa, o braço direito de Slowik e Nicholas Hoult alguém assustadoramente empolgado como o antes famoso Tyler. Tudo isso em um roteiro que também segue a estética e é as vezes seco e prático, quase obstinado com um objetivo.

Resumindo, em um filme claramente tem um cuidado estético muito alto(houve uma grande consultoria de uma grande Chef renomada para os pratos), nasceu também para provocar justos debates acadêmicos, crítica social/intelectual, mas principalmente na relação de público e critica. E convite à aquela velha pergunta, que anda tão démodé: o que move o artista. E o que move o público? Disponível no momento desse post nos cinemas.

Se puder evite o trailer que entrega mais do que deveria!




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