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Série da vez: A Lista Terminal (2022)

 

Uma minissérie que teve recepções bem diferentes de crítica e público, mas é preciso relativizar para encontrar a verdade

                                                                                                                                       

Nota IMDb: 8,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Terminal List
Criadores: David DiGilio
Estrelas: Chris Pratt, Constance Wu, Taylor Kitsch
Crítica: Michael

Um fenômeno que acontece com certa frequência é quando um filme ou seriado tem duas recepções totalmente diferentes de crítica e do público. Baseada em um livro de mesmo nome, esta minissérie é justamente um destes casos, sendo que a crítica detonou a sua história inchada, ação genérica e personagens rasos enquanto o público teve uma resposta muito positiva e tornou ela a série com maior audiência do Prime Vídeo, bastando ver a nota atual no IMdB para comprovar isso. Como em quase tudo na vida, a resposta mais correta é relativa e depende da expectativa com a qual a série for analisada.

A história mostra Chris Pratt como um Navy Seal que viu seu pelotão exterminado e depois descobre que eles foram alvos de uma conspiração para encobrir decisões erradas dos seus superiores. A partir daí, ele tenta encontrar todos os envolvidos e montar uma lista para iniciar uma missão por justiça. A trama é realmente simples e já se sabe o que esperar enquanto ele vai eliminando um nome após o outro da lista na sua busca por vingança. Realmente o seriado acaba estendendo demais sua duração com oito episódios que poderiam ter sido seis com sobra e ele aposta nas manjadas reviravoltas que deixam para o final a revelação dos verdadeiros mentores do esquema. Mesmo assim, ele consegue manter um bom ritmo que alterna a ação com momentos mais dramáticos, ainda que não se aprofunde o bastante nas motivações de todos os personagens para tentar deixar a trama mais interessante. E as cenas de ação, apesar de não trazerem nada de novo ao gênero, são empolgantes e mostram cuidado na representação das foças especiais em suas habilidades e códigos de honra, mostrando que a participação do talentoso diretor Antoine Fuqua como produtor da série ajudou bastante. Ao não cometer nenhum erro significativo no que se propõe a fazer, a minissérie acaba ganhando mais força e talvez seja isso que os críticos não levaram em consideração.

Outro ponto alto da série é a performance de Chris Pratt e ele se entrega totalmente ao papel, convencendo como um comandante habilidoso na arte da guerra e não decepcionando nos momentos em que precisa humanizar seu personagem nas partes mais dramáticas. Pena que o seriado explorou repetidamente o mesmo ponto motivador de sua jornada ao invés de tentar construir melhor sua personalidade. Destaque também para Constance Wu no papel da jornalista que ajuda ele a desvendar a conspiração e seus envolvidos. Ela se mostrou uma escolha perfeita e ajuda a dar uma dinâmica mais investigativa à trama. Taylor Kitsch merece elogios da mesma forma no papel de parceiro de Pratt e ajudante em sua missão por justiça, mesmo que seu personagem seja o que mais sofra com a falta de desenvolvimento.

Para concluir, se você busca uma série de ação com pitadas de drama e investigação e com as esperadas reviravoltas obrigatórias, esta é uma excelente opção para desligar o cérebro e relaxar. Apesar de não trazer nada de novo ao gênero e nem se destacar muito em nenhum aspecto, ela faz o dever de casa muito bem e traz um conjunto de elementos bem executados que ao serem somados resultam em algo maior que vai saciar o publico que busca entretenimento. O próprio autor do livro, Jack Carr, que foi produtor executivo da série, rechaçou os críticos e disse que eles fizeram a série para o público e que a resposta positiva dos espectadores é a prova isso. E viva a diferença de opinião.

Disponível no Prime Vídeo neste link

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