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Série da vez:Irma Vep(2022)

Em uma mini-serie de 8 episódios, vemos quão complicada é a produção de um filme(de oito episódios), reflexões sobre quem faz e quem consome cinema, assim como a complicada relação de financiamento, motivação e inspiração... Confira o que esperar e o que não vai ter na crítica abaixo, sem spoilers.

Como são feitas as séries de hoje...pelo ponto de vista de cima...


Nota IMDb: 6,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Criadores: Olivier Assayas(que foi o que visitou pela primeira vez a mesma ideia em 1986, como é referenciada na própria produção)
Estrelas: Alicia Vikander(como a perdida Mira, que aos poucos vai entrando e se deixando entrar na personagem Irma Vep),Vincent Macaigne(como o complicado diretor René Vidal), Nora Hamzawi(como a produtora que tem que dar nó em pingo de agua Carla), Alex Descas(como o que tem que ter dor de cabeça com bobeiras que são fundamentais pro projeto Gregory), Devon Ross(como a assistente Regina), Lars Eidinger(como o ator Rock and Roll Gottfried von Schack), Fala Chen(como que está tentando entender Cynthia Keng)  , entre outras estrelas
Crítica: Dissonantbr

Nessa que é a série mais sapatinho verde em um loooongo tempo, percebi que a associação ao famoso "A24" à essa série não é a toa. É a produção mais indicada para quem está cursando ou cursou Cinema, mas também brinca com a fantasia do público sobre a rotina de grandes estrelas, a realidade de produção, as complexidades de lidar com artistas e o até a relação com o financiamento dessas obras....e sim... o seguro! :P

Na história vemos Mira, aqui interpretada pela excelente Alicia Vikander, que tenta aproveitar a atualização do clássico do cinema francês mudo "Les Vampires" como uma forma de transição para uma carreira mais consolidada e madura. O detalhe que além do diretor ser muito doido, os colegas de trabalho terem egos beeem complicados, ela mesma estar passando por uma situação complexa emocional, o cenário ser Paris(uuuuhhh que chato!... Mas definitivamente é um personagem importante na série),tudo isso ou porque era destino, acaba colaborando para que ela aos poucos vá entrando na personagem Irma Vep... 

Logo de cara diria que não é uma série muito comercial. Tem humor, curiosidades, ponderações sobre liberdades criativas, costumes e os filmes, o que o público quer, o que os agentes querem, o que o artista quer, e de alguma forma, o que o ator quer. E no final chegar ao meio termo também é um negócio bem complicado. E claro, tudo sendo puxado por a produção de uma série que segundo o diretor é um filme de oito partes(porque pessoas sérias não fazem séries de TV...:P), com claras referências à famosos eventos recentes da indústria do cinema. Aliás é curioso que o filme não vê problema citar várias vezes 2022... 

E falar dessa série é também destacar a performance de Alicia Vikander que realmente se esforça de ser a liga pra o funcionamento da série, que às vezes consegue ser interessante, já outras se perde em um ego trip da classe ou até mesmo uma impressão de algo até bobo como rotina. O que é hilário já que, como bem destaca um dos personagens, é justamente no cinema que muitos deles vão conseguir transcender sua existência, mas também suas ideias nem que seja de forma incomoda. Destaque para a incrível dificuldade de produções para algumas pessoas, ainda mais aqueles que REALMENTE gostam do que fazem.

Resumindo, é interessante pelo aspecto de curiosidade para os que querem saber uma parte muuuito pequena de tudo que rola em uma produção de alto nível hoje em dia, mas perde boas oportunidades narrativas, ficando a impressão que algo se perdeu entre a metalinguagem do cinema, a história e o produto final. E às vezes, como é uma revisita do próprio diretor à obra de 1986, era para ser só isso que vemos. Com alguma reflexão atualizada. Disponível na HBO Max.




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