Filme da vez:Elvis(2022)
Recomendado por Denzel Washington, Austin Butler traz uma memorável performance como o Rei do Rock and Roll. Confira as polemicas, virtudes e alguns problemas nesse que é um dos grandes filmes desse ano.
Manipulado/Manipulador |
Literalmente centenas de filmes foram feitos sobre Elvis Aaron Presley que morreu dia 16 de agosto de 1977(Austin Butler nasceu dia 17 de agosto), mas teve inegável influência no Rock e claramente aproveitou características do soul/gospel e blues para chegar ao topo das paradas de sucesso.
Contudo esse filme vai por um caminho bem diferente. Um personagem que foi importante, porém oculta até um pouco depois da morte do rei, o obtuso Coronel Tom Parker. E aqui há uma forte característica desse filme. Não é um documentário, há várias liberdades criativas, invenções e simplificações de situações e relacionamentos. E até coisas erradas que fãs mais hardcore vão notar e reclamar. Ainda assim...
De um menino sem o pai que foi preso por um golpe, com forte influência gospel e habituado a navegar na efervescente cultura negra, ganhando fama vindo de Memphis e no sul dos EUA, ele chocou a muitos com o movimento com os quadris, assim como a aproximação com grandes personalidades negras, gerando uma forte oposição de grupos conservadores. O que é irônico já que já no final dos anos 60 e começo dos anos 70 era visto como ultrapassado e colaborador do nada popular governo Nixon, sendo um amigo desse polêmico político.
E sim, o grande antagonista do filme é Tom Hanks que não pode fazer lá muita coisa já que a visão extremamente maniqueísta deve ser longe o que realmente aconteceu, ainda que a assustadora história que selou o destino de Elvis de fato é real. Talvez se fosse feito um roteiro melhor...
O grande atrativo é Elvis e isso aqui é o impressionante Austin Butler que entrega uma impressionante interpretações para poderosos hinos que passaram por gerações. É verdade que é quase um clima soturno em vários momentos, quase um climão DC. Isso pode frustrar algumas pessoas como o meu pai que sempre viu Elvis como alguém alegre e vibrante. Porém estão ali grandes momentos da história do Rock com fotos ou filmes, a reinvenção em um evento que tinha toda cara de ser mais um grande fracasso, ficando a ausência do final complicado da vida dele com a exceção da última apresentação, onde ele mal respirava direito, e contra qualquer expectativa, nos dá uma grande conclusão da histórica épica que foi a vida dele.
Resumindo, é um filme diferente de documentários que focam em grandes polêmicas, ou simplesmente mostra partes dos inúmeros filmes e shows, podendo ter um climão dramático, mas não eclipsando o show de Austin Butler, desperdício do excelente Tom Hanks, mas apresentação para as novas gerações dessa força da música. Disponível nos cinemas.
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