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Filme da vez: Cidade Perdida (2022)

  

Uma cópia descarada e engraçadinha que pena com as falhas no roteiro

                                                                                                                 

Nota IMDb: 6,1 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Lost City
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Aaron Nee, Adam Nee
Estrelas: Sandra Bullock, Channing Tatum, Daniel Radcliffe
Sinopse: Uma romancista solitária em uma turnê de livros com seu modelo de capa é apanhada em uma tentativa de sequestro que os leva a ambos em uma aventura feroz na selva.
Crítica: Michael

A falta de criatividade recente de Hollywood não é nenhuma novidade e a "bruxa" dos remakes e continuações está à solta. Mas e o que acontece quando não existe a possibilidade de fazer uma dessas coisas e ainda se quer reaproveitar uma ideia? Usa-se então a velha tática de copiar descaradamente com apenas algumas diferenças para evitar um processo. E é justamente isso que o novo filme de Sandra Bullock, Cidade Perdida, faz ao tentar reaproveitar a premissa do cult 'Tudo Por Uma Esmeralda' da década de oitenta. Porém, mesmo com uma boa química dos protagonistas e um humor que traz algumas risadas, as falhas na segunda metade do roteiro e a falta de carisma do elenco impedem que ele seja mais do que uma cópia descarada e engraçadinha.

A trama mostra uma viúva de um arqueólogo e escritora de romances de cabeceira sobre exploração de tesouros sendo raptada por um magnata que descobriu que um destes tesouros é verdadeiro e irá obrigá-la a ajudar encontrá-lo. É então que o modelo da capa dos seus livros resolve partir em seu resgate e os dois irão viver uma aventura no meio da selva. Se isso tudo soa familiar é porque você já deve ter visto o clássico da década de oitenta 'Tudo Por Uma Esmeralda' estrelado por Michael Douglas e Kathleen Turner e com um Danny De Vitto em seu auge. Com apenas a diferenciação suficiente para evitar processos legais, este filme tenta de todas as formas reproduzir o mesmo clima e premissa. E no começo até parece conseguir com uma boa química entre os protagonistas e um humor que arranca boas risadas. Porém, do meio para o final o filme tenta inserir mais elementos de romance e até alguns de drama, perdendo totalmente o foco e junto o pouco que tinha de interessante.

Para piorar, apesar da entrega de Sandra Bullock e de Channing Tatum nos papéis principais, falta a eles o carisma do casal do cult da década de oitenta. Michael Douglas tinha muito mais presença de tela do que Tatum e ele não convence tanto como um "bonitão bobão herói". Sandra mostra que ainda tem um bom timing de comédia, mas sofre com um roteiro genérico e que se perde no final. O vilão de Daniel Radcliffe então é um clichê ambulante e ele se entrega tanto ao papel que parece que vai estourar uma veia na testa a qualquer momento. Temos até uma participação especial estendida e bem engraçada da lenda Brad Pitt, mas ela acaba de uma forma tão mal planejada que termina por subtrair seu impacto.

Desta forma, temos aqui nada além de uma comédia romântica de aventura bem genérica e que irá no máximo arrancar algumas risadas. Além de fracassar em superar ou sequer se igualar ao clássico que tenta copiar, as falhas no roteiro acabam minando os poucos pontos positivos que ela possui. Somente recomendado para os fãs de um dos protagonistas ou para aqueles desesperados por algum filme leve apenas para desligar o cérebro e relaxar.

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