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Filme da vez:Boa Sorte, Leo Grande(2022)

De temática polêmica, com bons diálogos, boas reflexões, alguns probleminhas, e muita coragem, principalmente de Emma Thompson, esse filme vem chamando atenção de muita gente. Confira o porquê disso, sem spoilers, na crítica abaixo 

Apesar dos problemas, é um interessante debate sobre tabus e felicidade


Nota IMDb: 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original:  Good Luck to You, Leo Grande
Ano de Lançamento: 2022
Diretor: Sophie Hyde
Estrelas: Emma Thompson, Daryl McCormack e Isabella Laughland
Crítica: Dissonantbr


O post de hoje é adulto, então, ainda que vamos manter o máximo possível do vocábulo não chulo, realmente o assunto é para adultos.

O grande Dire Straits tem uma frase que eu gosto muito, que é basicamente, em uma tradução tosca, "Dinheiro para besteiras, e mulheres de graça". Nunca fui fã dos serviços de sexo pago, talvez pelo mesmo motivo que não via graça em pesque e pague, assim como eu, tal qual a piada, em um cabaré(que eu fui a contra gosto), estava de mal humor, abracei uma moça lá para ela se acalmar e ficou tudo em paz. Contudo...

Há muito tempo atrás, naquelas leituras aleatórias da minha juventude, me deparei com Memória de minhas putas tristes, do Gabriel Garcia Márquez. Lá, no último romance do famoso escritor, uma situação revoltante acaba tendo uma reviravolta que eu não esperava e constatei uma coisa: havia, pelo menos no aspecto idealista, um serviço quase psicológico desse tipo de atividade. Alguns dizem que parte da sociedade só funcionava graças à esses serviços. Para dar um exemplo, um apelido ao Anexo IV da Câmara dos Deputados lá nos anos 60 era Motel Canarinho. Lendas do poder.

Contudo, voltando ao filme, aqui temos a aventura, muitos meses pensada, da chamada Nancy Stokes, uma viúva de 55 anos, que não teve grande desenvolvimento no prazer carnal, e que por indicação de amigas, acabou contratando uma sessão com um jovem e bonito moço profissional do sexo. Só o que ela pensa que quer e o que ele sabe fazer são duas coisas bem diferentes.

E sim, há o delicado assunto da diferença entre a conexão e um serviço pago, o que é teatro e o que é sincero, uma romantização e aqui um começo de realismo. Mas tudo é muito sútil, às vezes com bons diálogos, só que muitas vezes com um quê muito teatral segundo alguns. O que é uma crítica válida.

Falando ainda no roteiro, outro ponto meio previsível, que tem algumas semelhanças ao Linda Mulher(lá de 1990....:P E que curiosamente tem quase a mesma nota desse filme...:))), é que ele é beeeem simples. Acho que aqui o filme poderia ser ousado. Aliás ele o é em vários aspectos, mas roteiro e também não em cenas explicitas, o que dá pra entender como uma espécie de foco na história. Claro, há uma corajosa cena final de Emma que é muito bem carregada de significado, sendo um caso raro de uso de nudez, contudo com muito sentido. 

Alias é Emma Thompson que mostra todo o seu carisma, sensibilidade e ousadia em mostrar uma mulher madura com seus problemas, fragilidades, dúvidas, desejo e descoberta. Daryl McCormack aqui só está para ajudar esse show, mas sem deixar a peteca cair na parte de envolvimento. Não é nenhum spoiler dizer que vemos em uma velocidade 10x uma evolução psicológica que pode inspirar muita gente. E nem precisam ser exatamente esses meios. Disponível no momento nos cinemas! E quem puder, no Hulu lá fora ;)




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