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Série da vez: Obi-Wan Kenobi (2022)

  

Uma minissérie que consegue navegar bem no espinhoso território da saga Skywalker e, apesar de alguns tropeços, se transformar em uma adição interessante ao cânon de Star Wars

                                                                                                                                        

Nota IMDb: 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Obi-Wan Kenobi
Criadores: Deborah Chow
Estrelas: Ewan McGregor, Moses Ingram, Vivien Lyra Blair
Crítica: Michael

A franquia Star Wars está em um momento inusitado após o "fracasso" de crítica na última trilogia da saga Skywalker. Coube à excelente série 'O Mandaloriano', que já está indo para uma terceira temporada em breve, retomar o interesse dos fãs no universo de uma galáxia bem distante. Foi então que começamos a ouvir rumores de uma série que contaria parte do vazio entre o episódio III e o episódio IV mostrando como foi o exílio de Obi-Wan Kenobi em Tatooine enquanto protegia Luke Skywalker, sendo que finalmente ela chegou no Disney+ dividida em seis episódios. Já sabendo que é quase impossível agradar a todos os fãs e das limitações de se contar uma história onde se sabe o destino de seus principais personagens, apesar de algumas decisões questionáveis esta minissérie consegue entreter em vários momentos principalmente pela performance de Ewan McGregor e no final o resultado é positivo.

Como disse antes, durante seus seis episódios a minissérie conta uma parte que ficou "em branco" na saga Skywalker, mostrando como foi o período em que Obi-Wan Kenobi se escondeu em Tatooine para fugir do Império e também ficar de olhe em Luke. Ao mesmo tempo em que o Império segue caçando os jedis com a ajuda dos Inquisidores e o cerco se fecha para Kenobi, a princesa Leia é raptada e ele é chamado para ajudar em seu resgate. Isso o fará descobrir que Anakin não só está vivo como agora é Darth Vader, um terrível lord Sith que ajuda a comandar o Império. Obi-Wan então precisará curar feridas do seu passado para se reencontrar e poder ajudar Leia e Luke ao mesmo tempo que o destino novamente o colocará de frente com seu antigo padawan.

A série traz momentos bem interessantes onde vemos um Obi-Wan mais humano, lidando com traumas do passado e tentando recuperar sua fé nos ideais pelos quais sempre lutou. Sem dúvidas o destaque vai para as confrontações dele com Darth Vader, ainda que também aí estejam os principais problemas em termos de decisões erradas de roteiro que geram ações muito questionáveis dos protagonistas, claramente forçando um encaixe com o futuro que conhecemos dos personagens. E esse problema de um futuro fixo também acaba diminuindo também o senso de tensão com os protagonistas, mas felizmente o saldo é positivo e o seriado merece reconhecimento por ter apresentado elementos suficientes para justificar a proximidade de Leia e Obi-Wan Kenobi e também de ter gerado mais uma confrontação épica entre ele e Anakin Skywalker agora como Darth Vader em um episódio final excelente.

Por falar em confrontos, vale  ressaltar os sempre emocionantes embates com sabres de luz que continuam a evoluir com o passar dos anos. A luta final entre Darth e Obi-Wan é agora uma das melhores da franquia e apresenta o equilíbrio perfeito entre a energia coreografada da segunda trilogia e a força e elegância da trilogia clássica. Não faltam também referências a vários elementos que deixarão os fãs felizes. Outro ponto positivo são os efeitos especiais de primeira e a trilha sonora que empolga apesar de demorar muito a utilizar os temas clássicos.

Mas nada disso teria funcionado sem o carisma de Ewan McGregor que coloca o robe jedi e empunha seu sabre de luz como se nunca tivesse saído do papel. Na minha modesta opinião ele foi o ponto alto da segunda trilogia com sua entrega e talento. Seu envelhecimento dá uma maior gravidade ao papel e ajuda a vender a ideia de um jedi amargurado e perdido. Destaque também para a performance de Hayden Christensen como Darth Vader, mostrando que amadureceu bastante como ator. Outra que merece elogios é Vivien Lyra Blair como Leia em uma atuação cheia de atitude que casa bem com o legado deixado pela saudosa Carrie Fisher.

Em suma, temos aqui uma minissérie que consegue navegar bem no espinhoso território da saga Skywalker e, apesar de alguns tropeços, se transformar em uma adição interessante ao cânon de Star Wars, principalmente pela performance de Ewan McGregor e pelos confrontos dele com Darth Vader. A recepção foi tão positiva que existe a demanda por uma nova temporada e os executivos da Disney já disseram vão "pensar com carinho" na possibilidade. Porém, mesmo com uma pequena ponta aberta deixada no final e da chance de ver novamente o talento de Ewan McGregor, talvez seja a hora de focar em novas aventuras que deixem de lado a saga Skywalker e explorem outros pontos do imenso universo de Star Wars.

Disponível na Disney+ neste link

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