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Jogo da vez: Far Cry 6 (PC)

   

Um jogo que, apesar de pecar na história, apresenta o ápice da franquia em termos de gráficos e jogabilidade

                                                                               

Plataforma: PC
Metascore: 74 (User Score: 3.7) - Até o dia da postagem
- Análise: Michael

Recentemente temos visto várias críticas à Ubisoft pela forma como tem direcionado algumas de suas principais franquias de jogos, com falta de criatividade e inovação e algumas escolhas questionáveis privilegiando quantidade de conteúdo ao invés de qualidade. Sem dúvidas um dos alvos destas críticas é a série Far Cry que chega ao seu sexto jogo com muitos questionamentos sobre o esgotamento da fórmula de "derrotar um tirano em um mudo aberto". Porém, ainda que tenha tropeçado em algumas questões da história, Far Cry 6 é um jogo belíssimo e que extrai o máximo desta fórmula para entregar uma experiência fantástica para se jogar com um amigo.

Desta vez o jogador é colocado na ilha de Yara, um paraíso tropical (que relembra muito os cenários do primeiro e terceiro jogos) dominado pelo ditador Anton Castillo. O herói é Dani Rojas (homem ou mulher, dependendo da escolha do jogador) e ele precisará se unir a diferentes grupos de resistência que surgiram na ilha para derrotar o regime opressor. Até aqui temos um cenário muito parecido ao dos jogos anteriores, mas a diferença está na inclusão forte de temas de temática de gênero, o que acaba soando artificial em vários momentos e inclusive é uma das maiores razões para a recepção tão ruim do público na nota acima. A tradição de termos um vilão marcante é mantida e agora foi escalado o talentoso Giancarlo Esposito (de Breaking Bad), mas mesmo com alguns momentos marcantes sua performance é puxada para baixo pelos furos na história e seu nível de ameaça é diminuído pelo fato de vermos ele ser derrotado por um grupo de rebeldes tão eclético e desorganizado. A duração da campanha é bastante generosa e não faltarão missões paralelas para demandar outras dezenas de horas adicionais para os complecionistas.

O ponto forte do jogo continua sendo a sua fórmula de conquista do mapa da maneira que o jogador escolher. A jogabilidade da série chega ao seu ápice e temos à disposição uma enorme variedade de veículos e armas, com destaque para as novas "Resolver Weapons" que foram idealizadas como um tipo de "ataque especial" e fornecem um elemento a mais de variação ao combate. A variedade de lugares e a imensidão do mapa irão proporcionar inúmeras oportunidades para o jogador testar as mais diversas técnicas de abordagem. Somado a isso, a possibilidade de experimentar o jogo com um amigo através do coop online eleva a experiência e torna a presença de outra pessoa quase obrigatória para que a diversão extraída de todos estes elementos seja a maior possível. 

Outro ponto forte são os gráficos e, apesar de já mostrar limitações, a Dunia engine proporciona os melhores visuais vistos até hoje na série. Para aqueles que possuem um hardware mais poderoso será possível experimentar excelentes efeitos visuais, explosões e física realista. Pena que a inteligência artificial dos inimigos continue bastante questionável, mas durante a campanha haverão momentos onde será exigido mais em termos de stealth e de planejamento, consequentemente requerendo também mais paciência para os que gostam de entrar chutando a porta e matando geral.

Temos então um jogo que, apesar da história meio falha, representa o ápice da série em termos de gráficos e jogabilidade. Se você gosta da fórmula de Far Cry e, principalmente, tiver um amigo para jogar com você, sem dúvidas este jogo irá proporcionar dezenas de horas de muita diversão. Porém, fica também o alerta de que a Ubisoft precisa repensar a franquia e incorporar talvez uma nova engine para mudar também sua cara e mantê-la relevante daqui para a frente.

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