Filme da vez:O Homem Do Norte(2022)
Partindo de uma história tantas vezes contada, porém indo o máximo que se sabe da lenda que deu origem a história, com uma riqueza de detalhes históricos que o diretor é famoso, esse épico de vingança e muita violência não descamba para algo que ofenda a inteligência. Confira porque vale muito a pena conferir esse filme na crítica abaixo.
A vingança nunca é plena... |
Não seria exagero dizer que há dezenas de adaptações da famosa história de Hamlet a qual foi escrita entre 1599 a 1601 e publicada em 1603, porém o que muita gente não sabia é que era baseada em um saga legendária da Escandinávia. E é ela que vemos em tela, crua, com forte crença no fantástico, violenta, mas com uma surpreendente releitura para os dias atuais.
Aqui o chamado Rei Corvo volta feliz de uma bem sucedida campanha Viking, com um grande e importante porém, vindo junto o seu irmão Fjölnir .. Depois de um momento importante de ligação entre os dois, Amelth vê o seu pai ser morto, sua mãe raptada e feita a jura de vingança que aí começa a nossa aventura.
E lá estão a simplicidade dos palácios, a brutalidade dos homens, a importância dos escravos(a própria palavra tinha a derivação do grego como eslavo como pode ser visto aqui), o papel fundamental no mágico e religião(que é muito bem aproveitada na excelente série Crônica Saxônicas do Bernard Cornwell e que tem uma adaptação mediana na série O Último Reino), a fatalidade do destino, dilemas e preço da vingança. Tudo isso muito bem regado a um cuidado digno de T.O.C.(deve ter sido uma produção infernal) com o menor dos detalhes, sendo elogiado por vários historiadores. Tudo isso sem ser chato, com um roteiro azeitado e objetivo em tela.
E claro, nesse que é o terceiro do diretor, o filme é muito bem banhado por um show de interpretação de Alexander Skarsgård como Amleth, Anya Taylor-Joy como a excelente Olga, Ethan Hawke como o Rei Corvo, Willem Dafoe(como o Bobo Heimir) e claro, Nicole Kidman como a Rainha Gudrún. Todos muito bem dirigidos em uma história que tem vários momentos de flertar com o ridículo se não fossem feitos esforços para nos transportar na selvageria e... corações peludos em uma clássica mundial.
Resumindo, vale pelo cuidado e carinho com os detalhes que ironicamente contrastam com tanta violência, que por sua vez contrasta com um ponto importante na estória que destaca ainda mais a tragicidade desse épico de vingança. E apesar de toda a ação, deixando a satisfação de uma história inteligente. Vale definitivamente conferir, se confirmando como um dos grandes filmes do ano, estando no momento dessa crítica nos cinemas.
Fica de bônus a bizarra demonstração de esporte naqueles tempos! :P
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