Filme da vez:Batman(2022)

A mais nova reencarnação do herói mais complexo da DC aqui tem mais um recomeço, mais precisamente o ano 2 da sua jornada de vingança e busca por justiça, em um new noir. Confira mais virtudes e problemas, sem spoilers, na crítica abaixo.

Um recomeço...um bom recomeço

Nota IMDb: 8,6(até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: The Batman

Ano de Lançamento: 2022

Direção: Matt Reeves(famoso por Cloverfield:Monstro, os Planetas dos Macacos, Deixe-me Entrar e os Contos do Loop)

Estrelas: Robert Pattinson(como um Batman que surpreendeu muitos hates), Zoë Kravitz(como a proto mulher gato que tem muitos gatos :P), Jeffrey Wright(como ainda apenas James Gordon), Colin Farrell(como Oz, mas ainda ainda não Pinguim), John Turturro(como O mafioso da cidade Carmine Falcone), Andy Serkis(como um Alfred com uma educação mais moderna), Paul Dano(como um promissor Charada), entre outras estrelas

Crítica: Dissonantbr

Antes de tudo o elefante na sala. Há váaaaaarias críticas, do "melhor do que sexuuu", há até quase review de boletim de moleque por mãe "não fez mais do que a obrigação". Outros falam que só reforçou os já problemáticos problemas do personagem, sobre poder e falta de empatia com os mais pobres. Porém, é quase consenso que pelo menos foi um filme bom.

E sim, Robert Pattinson entrega sim um vigilante traumatizado, com problemas de relacionamento e ainda patinando no seu projeto de tornar Gotham mais limpa... O problema é que ele provavelmente não sabe como a sua cidade realmente é... E há segredos da sua família também. E claro, um novo vilão, claramente inspirado no maníaco serial killer que até hoje segue com a identidade em aberto Zodiac(que cometeu crimes nos anos 60 e 70 nos EUA) vem mostrar que há muitas, muitas mentiras na cidade. E sim, há clara referencia a Jogos Mortais e quiçá Seven.

Voltando ao filme, a escolha de um excelente elenco de apoio, do futuro comissário Gordon com Jeffrey Wright, Zoë Kravitz que é ainda a Selina Kyle, antes de virar a mulher gato que a pessoas conhecem, John Turturro como o mafioso Carmine Falcone, Colin Farrell como um excelente Pinguim e a melhor surpresa do filme na minha opinião que foi Paul Dano como Charada. Realmente deu muito trabalho a construção do personagem dele e também deve abrir muitas oportunidades pra ele. E de novo a DC mostrando que dá sim para fazer um vilão que renda algo relevante para o filme.

Outro trunfo foi a fotografia e escolha de cores, sempre bem sombrias e planos fechados, pra o sentido opressivo em tela, sujo e bem pesado. Isso contribui perfeitamente para um retorno de uma característica de um Batman detetive, bem menos Bruce Wayne e só completo como Batman. Isso é um senhor resgate do jeitão do quadrinhos na sua essência, muito longe de mirabolantes apetrechos do herói. E de novo, a tensão de uma cidade corrupta, suja, também no coração de alguns, tudo isso é bem composta pela produção.

O início pujante do filme, a abertura melhor do jogo no segundo ato, mas o terceiro ato estranhamente com outro ritmo, de fato faz a pergunta se o filme não seria melhor se tivesse uns 20 minutos a menos nessa parte. E de novo, naquele velho truque da relatividade, o destino é um detalhe se a jornada foi boa. E o filme entrega sim uma boa aventura. E com vários easter eggs, até da cultura pop, assim como possibilidades de continuações.

Resumindo, a DC entrega uma obra ousada em alguns aspectos, indo além da escolha polemica do protagonista, entregando um roteiro consistente, não perfeito, mas com um excelente aproveitamento de todos os personagens e um excelente foco naquele que dá o nome do filme. E o estúdio aposta(na minha opinião de forma acertada) no intervalo de 46 dias pós lançamento no streaming da HBO Max dia 19 de abril. No momento nos cinemas.

PS:Observe as claras referências sobre com quem alguém está falando na prisão ao final do filme.