Filme da vez: Licorice Pizza (2021)

Um filme mediano com uma história monótona que não justifica todo esse reconhecimento da crítica

                                                                                                                 

Nota IMDb: 7,6 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: Licorice Pizza

Ano de Lançamento: 2021

Diretor: Paul Thomas Anderson

Estrelas: Alana Haim, Cooper Hoffman, Sean Penn

Sinopse: Alana Kane e Gary Valentine crescem e se apaixonam em San Fernando Valley, na Califórnia, em 1970.

Crítica: Michael

Há muito tempo atrás, um filme indicado ao Oscar de melhor filme era sinônimo de qualidade na sétima arte. Agora que a Academia aumentou o número de indicados para dez e com as polêmicas recentes por conta de escolhas questionáveis, isso não é mais algo confiável. Ao meu ver, Licorice Pizza é justamente um bom exemplo disso. Um filme mediano com uma história monótona que não justifica todo esse reconhecimento da crítica.

A trama foca em dois jovens que se conhecem e se apaixonam na década de setenta. A história é recheada de acontecimentos mundanos que se sucedem de uma maneira não muito coerente, trazendo certa confusão ao andamento. Claro que isso já é esperado de um filme de P. T. Anderson, mas geralmente ele trata de assuntos mais profundos e que talvez justifiquem melhor esta abordagem. O resultado aqui não é o esperado e gera uma monotonia por conta da longa duração do filme. E talvez o ponto mais negativo seja a falta de crescimento dos protagonistas durante a jornada, fazendo eles terminarem quase igual ao que começaram. A romantização da época talvez tenha um efeito diferente em quem viveu ela e seus acontecimentos históricos, mas isso de certa forma limita o público do filme. A cinematografia é sim muito bonita e bem executada, mas o que ela vende não é o suficiente para prender o espectador.

E ainda que tenhamos alguns nomes de peso no filme como Sean Penn e Bradley Cooper, suas participações são muito pequenas para gerar um efeito significativo. Falta aos protagonistas Alana Haim e Cooper Hoffman o carisma necessário para carregar tanto tempo na tela, mas eles se esforçam bastante e tem uma atuação louvável considerando a sua falta de experiência.

Em suma, não consegui ver neste filme tudo o que está sendo falado dele. Temos aqui um drama de época mediano com uma boa cinematografia e que, se não estivesse associado ao nome de P.T. Anderson, dificilmente receberia a mesma aprovação da crítica especializada. Ao meu ver, este está longe de ser um dos seus melhores filmes e mais uma vez a Academia prova sua desconexão com a realidade e com o gosto do público. 

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