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Filme da vez:A Pior Pessoa Do Mundo(2021)

Em uma tragicomédia que tem dado o que falar, acompanhamos 4 anos da vida de Julie rumo a maturidade, que mesmo tardia frente aos parâmetros de antigamente, mas curiosamente atual para muita gente que ainda a procura junto com o razoável felicidade. Confira mais detalhes na crítica abaixo.


Conheço fácil muitas outras piores...:P


Nota IMDb: 7,9 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Verdens verste menneske
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Joachim Trier(que fez fama com os outros dois filmes da trilogia Oslo).
Estrelas: Renate Reinsve(como a intrepita Julie), Anders Danielsen Lie(como o cartunista Aksel), Herbert Nordrum(como o explorador Eivind), entre outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Antes vamos alertando que esse filme é bem adulto. Inclusive quanto reflexões sobre a vida. Dividido em 12 partes, com um prólogo e um epilogo, vemos Julie, que era uma excelente estudante, embarcar em Medicina(porque era desafiante), Psicologia, virar escritora, trabalhar em uma livraria e tentar também fotografia. E aos 30 anos, ainda se encontra perdida profissionalmente falando, mas reconhece duas sensações , uma que ela é viciada e a outra que é um medo: a primeira é a novidade e a segunda ser uma estranha espectadora da sua vida. E a cada decisão, um universo de possibilidades são excluídas.

Curiosamente esse é o terceiro filme que fecha a chamada trilogia Oslo(Reprise de 2006 e Oslo, August 31st de 2011), naturalmente o lugar de palco para os filmes. E vendo particularmente esse aqui, muitas horas depois lembrei de que é justamente na Noruega que era considerado o país mais feliz do mundo em 2017(ano puxado, mas frente ao que ia vir para nós brasileiros...) e agora "amarga" a oitava posição na lista de 2021. Se é difícil lá....:P Mas mesmo assim, os problemas são curiosamente universais e o posicionamento é curiosamente... em vários momentos, punks... Literalmente. Tanto em atitude, como também nos momentos mais deprês.

Em uma revisão sobre trabalho, sexo, família, amor, filhos, traição, estabilidade emocional, drogas e algumas coisas que vamos poupar para não estragar as surpresas, a obra é bem realista, caminhando entre o humor, dúvidas e drama, poderia se render a soluções fáceis das séries americanas, mas... Como falado acima, é um filme adulto, privilegiado, mais bem realista. E da sua forma modesta, criativo.

E ponto comum também com os outros dois filmes, aqui a ansiedade da expectativa, supostamente, dizem, maior ainda mais para a geração dos chamados milênios, a solidão e busca de motivo de propósito, contrasta bem com a que uma vez foi o suposto país mais feliz do mundo. E aqui, mesmo sendo a condução do amadurecimento da personagem pelo eixo do amor, a expectativa de sonhos e o que o mundo vai fazendo com eles é uma jornada e tanto... Mas tudo com sensibilidade, mesmo com as complexidades morais. Inclusive, também pega a comparação com as gerações anteriores de mulheres corajosas, de expectativas de vida tão muito mais curtas, a liberdade que ela usufrui hoje em dia não faz a jornada mais leve, pelo menos na impressão. 

Resumindo, é um filme ousado, engraçado, delicado e também dolorosamente realista. E essas mudanças fazem que o roteiro seja curiosamente simples, porém com uma sofisticação em não cair em truques fáceis em falar em emoções universais. E claro, a impressionante performance de Renate Reinsve que não a toa levou o prêmio de melhor atriz em Cannes torna tudo isso um filme arte, mas sem ser chato. Vale conferir, ainda que possa chocar alguns. Disponível no momento nos cinemas.



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