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Quadrinho da vez:O Astronauta - Graphic MSP (Vol 1,2,3,4 e 5)

Nessa que vem sendo uma das grandes séries graphic novels do país, o icônico personagem de Maurício de Sousa agora encontra nova roupagem e grandes novas aventuras. Confira porque vale a pena acompanhar essa série e o que esperar para a conclusão dessa jornada no sexto e último volume dessa fase.

Crítica: Dissonantbr

Um farol para vários outros

Há muito tempo atrás, o mundo vivia o sonho da expansão espacial e o Brasil, o Brasil vivia uma conturbada fase política, mas ainda acreditava que seria o país do futuro. E Maurício de Sousa quis fazer algo nacional baseado em clássicos como de ficção científica com um toque brazuca. Mas... No meu tempo de criança confesso que achava a roupa interessante, porém o personagem não funcionava muito bem pra mim. O tempo passou, e houve uma projeto de releitura de personagens clássicos e o Astronauta teve sua chave com Danilo Beyruth. E como fica registrado no início de cada livro, que boa nova pra nós.



No primeiro volume,  Astronauta - Magnetar, temos a introdução da atividade desse destemido explorador espacial que comete um erro e fica a deriva em uma luta para sobreviver e voltar para casa. A concepção, a história, a arte, tudo isso já faz que a estreia venha a valer muito a pena essa nova releitura. Tem um que de naufrago, com uma ótima introdução de alguém que conhece bem o sentimento e até um quê de David Bowie. O trabalho é tão bom que foi o primeiro volume de toda a releitura, sendo o Graphic MSP número 1. A obra rendeu o terceiro prêmio HQ Mix, de melhor desenhista nacional, em 2013 para Danilo Beyruth.



No segundo volume, Astronauta - Singularidade, ainda se recuperando da aventura anterior, um buraco negro aparece como uma oportunidade única científica que acaba se mostrando como algo muito mais perigosa. A originalidade de alguns desafios, a parte gráfica e a história continuam o excelente ritmo e evolução que vimos na primeira edição. Os extras da versão, explicando uma série de ideias, inclusive dos quadrinhos originais de Maurício de Sousa valem muito a pena.



No terceiro volume, Astronauta - Assimetria, o que era para ser uma missão tranquila em Saturno se mostra um catalizador de vários outros eventos, muitos bem inesperados,  abrindo a série para sequências e ligações com os volumes futuros. Aqui a ação se encontra com farta referencia de clássicos da ficção mundial.



No quarto volume, Astronauta - Entropia, depois de um evento no final do terceiro volume, promessas se mostram muito mais difíceis de serem compridas e uma bizarra situação leva os personagens questionarem seus limites éticos. Tem um arte de continuação e preparação maior para o próximo volume.



No quinto e penúltimo volume, Astronauta - Parallax, não causando maiores spoilers(evitaria ler a sinopse do livro se você não concluiu o quarto livro), explicações sobre o terceiro livro são dadas, e um clásssiiiiiicoooo recurso ficcional é usado, tudo convergindo para o gran finale.

E o sexto livro, que lá em fevereiro de 2021 tinha a previsão de entrega em setembro de 2022, deve realmente terminar esse arco e promete fechar com chave de ouro, e particularmente eu chutaria que com espaço para outras possibilidades futuras, quem sabe até mesmo no MSP, quiçá até para outros artistas.

Resumindo, vale muito a pena ter ou acompanhar essa série que deve terminar esse ano, com sorte, sendo um marco e quem sabe o começo de uma farta produção nacional de ficção científica. Ter essa coleção em casa para lê-la de tempos em tempos é uma boa, mas também doa-la para uma biblioteca local. Foi o que eu fiz de tanto gostar do resultado e poder compartilhar com outros essa mesma aventura. Disponível os 5 volumes nas grandes livrarias e o 6 já já em setembro(se a pandemia deixar) desse ano chega.


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