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Filme da vez: Casa Gucci (2021)

  

Um drama que supera suas limitações com boas atuações e uma história intrigante

                                                                                                                 

Nota IMDb: 6,7 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: House of Gucci
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Ridley Scott
Estrelas: Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino
Sinopse: Quando Patrizia Reggiani, uma mulher humilde, casa-se com um membro da família Gucci, a sua ambição desenfreada começa a desvendar o seu legado e desencadeia uma espiral de traição, decadência, vingança e finalmente homicídio.
Crítica: Michael

Duas coisas que geralmente não se misturam bem são dinheiro e família e isso se mostra muito evidente em casos de empresas familiares de sucesso. Quando uma marca famosa fica associada a um nome familiar, isso quase sempre vai gerar disputas internas de quem tem mais poder para controlar os negócios. Ainda que hoje a Gucci não pertença mais à família de mesmo nome, sua história é recheada de escândalos relacionados aos conflitos familiares e este filme retrata esta fascinante trama de intriga e traição. Apesar de alguns problemas de ritmo e de outros escolhas estranhas, o filme se sobressai pelas atuações inspiradas e pela história recheada de dramas e reviravoltas.

O roteiro foca na figura de Patrizia Reggiani, uma mulher humilde que seduziu um dos herdeiros da família Gucci e o instiga a se livrar do resto da família e assumir o controle de tudo. Porém, isso acaba afastando os dois e quando ela é deixada de lado seu instinto de vingança a leva a cometer o impensável. Os dramas e reviravoltas apresentados são interessantes e dignos da sétima arte, tornando até difícil acreditar que tudo isso realmente aconteceu. A dinâmica familiar apresentada é intrigante e muito bem explorada. O problema fica por conta de um ritmo meio inconstante da trama que também se arrasta por muito mais tempo do que o necessário durante as duas horas e meia da película. O lendário Ridley Scott parece perder a mão em alguns momentos e deixar certas cenas se estenderem mais do que deveriam. Além disso, algumas escolhas soaram estranhas, como por exemplo o fato de uma família italiana falar em inglês com um sotaque italiano bastante forçado. Porém, o impacto desses pontos negativos é diminuído pelas atuações inspiradas e pela história cativante.

E em termos do elenco, sem dúvidas o destaque vai para o retrato de Lady Gaga como Patrizia Reggiani. Ela mostra que tem mesmo muito talento dramático e convence bastante no papel de mulher ambiciosa e vingativa que não possui a inteligência necessária para tomar as escolhas corretas e se livrar das consequências. A performance de Adam Driver também é excelente, ainda que bem mais contida. Destaque também para Al Pacino que mostra ainda ter muita desenvoltura na telona apesar da idade avançada. O mesmo vale para Jeremy Irons que possui uma participação bem reduzida, mas eficaz. A grande surpresa para mim foi a atuação do irreconhecível Jared Leto como Paolo Gucci que, apesar de bastante caricata, mostra seu talento e adaptabilidade.

Estamos então diante de um filme que, apesar de não ter agradado a maioria dos críticos e ter sido quase ignorado pelo Oscar, consegue entreter bastante com seu elenco de peso e sua história digna das tragédias gregas. Destaque para a atuação marcante de Lady Gaga que a coloca como uma promissora escolha para futuros trabalhos dramáticos e mostra que ele realmente pretende investir na diversificação da sua carreira. Apesar dos problemas mencionados, se você gosta de dramas familiares recheados de intrigas e traições este filme é um prato cheio.

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