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Série da vez:Get Back(2021)

Em um documentário de três partes, vemos o que realmente aconteceu novo projeto Get Back, dando uma versão bem diferente do bizarro filme Let It Be, sendo um presentão de natal antecipado para os fãs. E definitivamente para todos que gostariam de saber como uma grande banda funcionava. Descubra mais detalhes, na crítica abaixo.


Vale assistir com calma e moderação! :P


Nota IMDb: 9,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Beatles:Get Back
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Peter Jackson(o homem que fez o impossível de trazer a adaptação do Senhor dos Anéis para a grande telona)
Estrelas: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr, Linda McCartney, Yoko Ono, Billy Preston, George Martin,  e outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Havia uma grande lacuna para os fãs hard core dos The Beatles que as gravações piratas que foram aparecendo logo depois do fim da banda não supriam que era parte do farto material visual das mais de 60 horas de gravação de um projeto que começou como um especial de TV e álbum e que acelerou o fim do grupo. A promessa de que fosse sair em DVD foi adiada durante anos e só agora, em um especial muito bem cuidado por Peter Jackson(com claro aproveitamento da experiência de recuperação de material cinematográfico da Primeira Guerra em They Shall Not Grow Old). 

Logo no início da série vemos uma interessante retrospectiva musical da banda, porém ouso dizer que faltou destacar que o ano de 1968 foi particularmente cansativo e conturbado, não só pra eles, mas para o mundo, sendo o ano do lançamento do famoso Álbum Branco, Yoko e John engrenam um relacionamento e perdem o bebê, além de um episódio com polícia e drogas, as críticas de que eles estariam mais uma banda de estúdio/laboratório e que não conseguiriam mais ter uma relação orgânica como banda(lembrando que o trabalho anterior de fato foi gravado em estúdio com os integrantes separadamente), a competição relativa com o Rolling Stones(e a surpreendente participação, e que tem uma explicação na série, de John no especial/álbum Circus), tudo isso condensado já faria qualquer um pedir um período sabático, mas naquele tempo, ainda mais com um estúdio próprio que estava consumindo muito dinheiro, a necessidade de produção musical era essencial. E isso pode ter sido parte do problema.

Inicialmente, já logo no dia 2 de janeiro(sim, o dia depois do ano novo) de 1969, em um estúdio de cinema adaptado para servir como também de produção musical, começava o projeto que inicialmente previa um especial de TV no dia 18 daquele mês do novo álbum, ainda tendo o processo de produção como material para o terceiro filme da banda. Porém, como eles perceberam, ainda que Paul McCartney estivesse especialmente inspirado naquela época, e John Lennon sofresse um bloqueio relativo criativo, a pressão do calendário, problemas da fama e de comunicação começaram a gerar rachaduras no grupo. Tanto que, ao contrário da vez passada, o integrante que pediu as contas de repente foi George Harrison, gerando dúvidas sobre o que fazer(e uma bizarra cena do café sobre o que supostamente aconteceu). Outro destaque da obra é a presença salvadora de Billy Preston que deu outra pegada à grandes clássicos que iriam ganhar forma final com ele.

E claro, os fãs vão se deliciar com a construção, muitas vezes longa e difícil de grandes clássicos, ou os 4 se divertindo com versões de seus clássicos, ou outros da época, às vezes de forma caótica(para desespero de Paul com a sua necessidade de alguém centralizando a disciplina), o peso(?) real de Yoko e surpreendente real situação do projeto na maior parte do tempo(bem diferente do clima down do Let It Be de fim de festa), de diversão entre amigos em alguns momentos, claro, com também tensão sobre quem faria o que e a curiosa conclusão de que a inconclusão do projeto que estaria muito longe de fracasso. Na verdade quase como uma grande estrela, um grande esforço e depois o colapso, E claro, a excelente conclusão que é o show no terraço(que tem o real motivo de preocupação da organização e a reclamação da polícia :P). E como um epilogo os últimos ajustes no ultimo dia de gravação.

Resumindo, em uma curiosa e às vezes incomoda exposição dos integrantes, esse documentário joga uma luz diferente sobre os fatos dessa famosa obra, quase com um clima de estar lá dentro do estúdio, com inevitável fim amargo, mas também com a alegria de rever nos 22 dias de gravação uma banda que não parecia que ia acabar. E que tinha acabado de concluir um dos grandes álbuns de todos os tempos. Disponível na Disney Plus em 3 partes de aproximadamente 2 horas e 40 minutos. 

E por fim, não tem como não indicar o podcast Discoteca Básica que tem justamente um episódio sobre Get Back chamado "O Longo e Tortuoso Caminho até 'The Beatles:Get Back". Excelente podcast pra ser acompanhado.


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