Anúncio 1

Últimos Posts

Filme da vez: 007 - Sem Tempo Para Morrer (2021)

 

Um filme que ainda se apoia em clichês, mas inova ao trazer um desfecho para Bond na despedida de Daniel Craig do papel

                                                                                                                

Nota IMDb: 7,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: No Time to Die
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Cary Joji Fukunaga
Estrelas: Daniel Craig, Ana de Armas, Rami Malek
Sinopse: James Bond deixa o MI6 e se muda para a Jamaica, mas um antigo amigo aparece e pede sua ajuda para encontrar um cientista desaparecido. Bond mergulha no caso e percebe que a busca é, na verdade, uma corrida para salvar o mundo.
Crítica: Michael

Uma das franquias mais longevas do cinema, as aventuras do agente secreto James Bond encantam espectadores desde 1962 com o inigualável e saudoso Sean Connery no papel principal e com diversos outros atores que tiveram sucessos variados. Porém, uma coisa que nunca tínhamos visto nesta série de filmes era um desfecho para personagem 007. No seu quinto filme como Bond, Daniel Craig entrega justamente isso na sua despedida do papel e, apesar dos velhos clichês da franquia, finalmente temos a oportunidade de ver 007 concluindo sua história.

O filme anterior de 2015, Spectre, serviu como uma espécie de final feliz para James Bond, mas deixou algumas arestas e pontas que poderiam ser exploradas em uma possível continuação. Com Daniel Craig aceitando retornar ao papel, os produtores viram a chance de finalmente dar um desfecho à história de Bond sem deixar pontas soltas. Na trama, Bond precisa lidar com uma nova ameaça global no formato de uma arma biológica e ao mesmo tempo lidar com o passado de sua amada Madeleine com quem tinha terminado no último filme. Ainda temos sim o vilão clichê ambulante que quer destruir o mundo e mesmo com o esforço de Rami Malek não é possível dar uma profundidade muito maior ao personagem e nem gerar empatia por ele. Mesmo assim, o filme se sobressai em um retrato mais humano de Bond, seja nas partes mais físicas que mostram ele se ferindo ou então no seu relacionamento com Madeleine e os demais coadjuvantes. Não faltam também boas cenas de ação que mantém a pegada mais realista do personagem na "Era Craig".

E mesmo que este filme não supere o charme de Casino Royale, ele traz um Daniel Craig muito mais à vontade no papel e totalmente comprometido na missão de fechar sua participação como Bond em uma nota alta. Se no último ele parecia estar no "piloto automático", aqui ele esbanja carisma, fisicalidade e emoção nos momentos necessários. Destaque também para Léa Seydoux como Madeleine e sua química perfeita com Craig. Ana de Armas e Jeffrey Wright têm participações pequenas, mas muito eficazes no que se propõem. O mesmo vale para o resto do "núcleo MI6".

Desta forma, mesmo se apoiando em uma fórmula bastante castigada, este filme se sobressai ao aumentar o valor emocional e finalmente dar um desfecho digno ao personagem principal. E mesmo reconhecendo esta coragem, se este final irá agradar a maioria dos fãs é algo a ser questionado. Resta saber se os produtores vão recomeçar a franquia com outro ator no futuro ou se vão realmente aposentar Bond de vez, sendo muito mais provável a primeira opção. De qualquer forma, podemos nos contentar com o fato de termos um arco completo de 007 nos últimos cinco filmes de Craig.

Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)

Nenhum comentário