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Série da vez:A Fundação(2021-?) - Primeira Temporada

Vista com ceticismo, outros com medo,  a adaptação do grande clássico e trabalho central da vida de Isaac Asimov tem acertos, necessidade de ajustes e alguns erros preocupantes. Confira a crítica, sem spoilers, do início dessa jornada.

Algo diferente dos livros, mas quem sabe precioso no futuro?


Nota IMDb: 7,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Foundation
Criadores: Josh Friedman(roterista de O Exterminador do Futuro:Destino Sombrio(2019), Guerra dos Mundos(2005), Reação em Cadeia(1996) e da série Expresso do Amanhã(2020-2022)) e David S Goyer(roterista de Cidade das Sombras(1998), Batman: O Cavaleiro das Trevas(2008), Batman Begins(2005) e Batman vs Superman(2016))
Estrelas: Lou Llobell(como a azarada(?) Gaal Dornick), Jared Harris(como o sabichão Hari Seldon), Lee Pace( como Irmão Dia), Leah Harvey(como a badass Salvor Hardin), Sasha Behar(como Mari), Laura Birn(como beeeem além de Daniel(os nerds saberão) Demerzel), Terrence Mann(como Irmão Crepúsculo), Daniel MacPherson(como o motoqueiro espacial Hugo), Pravessg Rana(como "pois é " Rowan), Cassian Bilton(como Irmão Alvorecer),Kubbra Sait(como a de poucos amigos Phara), entre outras estrelas
Crítica: Dissonantbr


A empresas de streaming hoje em dia estão trazendo grandes quantias de dinheiro para adaptações de clássicos da fantasia e ficção científica, ainda mais agora que vem chegando a caríssima adaptação do mundo Senhor dos Anéis. Conta a lenda que os custos iniciais tem rondando a casa de um bilhão de dólares(o que hoje em dia seria um quatrilhão de reais dado o nosso cambio) para a adaptação de Tolkien. E claro, há toda uma preocupação de que seja feita uma adaptação com cuidado e carinho de uma obra que a gente gosta. Mas...

Vale lembrar que a TV, o streaming ainda mais especificamente, tem toda uma dinâmica de público diferente. Os prazos, os custos, a disponibilidade de atores, roteiristas e produtores em sua estressante batalha do que vai pra a versão final, tudo isso influencia no resultado final. E os primeiros capítulos prometem uma interessante adaptação, aproveitando lacunas e liberdades narrativas, o que vai afastar muitos puristas. Porém conforme a temporada foi indo, a influência do pessoal do "coloca mais ação", "coloca mais romance", "coloca mais suspense", acabando com algo que afetou a liga da história. O ritmo principalmente sofre, a impressão de improviso se fez bem presente.

Contudo há bons momentos, já que estamos falando de uma obra lá de 1954 que embarca mais de 1000 anos de história, uma infinidade de personagens, muito mindgame e loooooongos diálogos. Na série, a adaptação focou na aposta da identificação do público com alguns personagens de que de alguma forma vão acompanhando o público nesse enorme período(que é relativo, como aprendemos em Homo Sapiens do Yuval Harari). O truque da dinastia genética, alguns personagens que foram beeeem diferentes do material, mas que convergem em momentos críticos da obra para o sentido original, os efeitos especiais, a preservação do sentido de queda de um império tal qual o Romano, tudo isso são acertos e nortes que torcemos que não sejam perdidos nas próximas temporadas.

E claro, vamos colocar o elefante na sala: é natural que a série seja bem diferente do livro. Além de ter que render, vamos supor, umas 6 temporadas no mínimo para não ser considerada um fracasso, ela tem que forçar um laço de confiança com o espectador, e que vamos encarar, tem um espetro muito maior do que o dos leitores do livro. E sim, é naturalmente um convite para a leitura do livro. Inclusive é sempre esse o sentido de grandes adaptações. São prazeres complementares e não excludentes. Permitindo uma melhor identificação de virtudes e vícios de cada uma das obras.

Resumindo, é uma série ambiciosa por natureza, com excelentes momentos, mas barrigas desnecessárias, problemas claros de identidade(é ação, é romance, é ficção ou não consegue juntar direito tudo isso?), mas não sendo um defeito a falta de ousadia de algumas novas ideias na transposição para a TV. Com o feedback e paciência de quem controla o dinheiro lá na Apple, quem sabe ela consolida para algo bem grande. Disponível na AppleTV+, no momento desse post por 9,90, e também fica um pouco mais barato dependendo do pacote de serviços que você já usa no Apple One por 26,90 para Apple Music, Apple TV+, iCloud+ com 50 Gigas e Apple Arcade.




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