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No NetFlix: Eu Me Importo (2020)

Será que este filme é bom o bastante para que nos importemos com ele? Confira na crítica a seguir

                                                             

Nota IMDb: 6,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: I Care a Lot
Ano de Lançamento: 2020
Diretor: J Blakeson
Estrelas: Rosamund Pike, Peter Dinklage, Eiza González
Sinopse: Em Eu Me Importo, Marla Grayson (Rosamund Pike) é uma renomada guardiã legal que gosta de ficar com pessoas idosas e ricas. Às custas da última, ela leva uma confortável vida de luxo. Quando ela pensa ter encontrado uma nova vítima perfeita, descobre que a mesma guarda segredos perigosos. Com base nisso, Marla vai ter que usar toda sua astúcia se quiser continuar viva.
Crítica: Michael

Alguns filmes apresentam um desafio maior para serem criticados porque ao discutir alguns pontos importantes da trama estará se revelando demais. Este novo filme original do NetFlix é um bom  exemplo disso, pois criticar algumas decisões tomadas significa estragar surpresas. Mesmo assim, tentarei fazer um apanhado sem trazer spoilers deste filme que, ainda que tenha uma trama interessante, a apresenta com um roteiro covarde e cheio de furos.

Acompanhamos a gananciosa e fria Marla em um esquema de "internação forçada" de idosos e de exploração do seu patrimônio através da curatela. No entanto, quando ela interna uma velhinha aparentemente inofensiva, sua vida é virada de cabeça para baixo assim que os segredos dessa senhora começam a ser revelados. 

A primeira metade do filme faz um excelente papel em montar o cenário e prende o espectador com uma performance avassaladora da protagonista Rosamund Pike. Ela toma conta da tela em cada cena e exala confiança. Até mesmo o fato de não termos uma construção melhor das motivações dos personagens poderia ser relevado pelo tom menos dramático e mais pipoca do filme. O problema começa mesmo da metade para frente, quando os confrontos começam e o filme muda o foco. Ainda que a figura de Peter Dinklage seja excêntrica o bastante e ele esteja muito convincente, a sucessão de saltos de fé exigidos do espectador para aceitar o andamento dos fatos da história é desastrosa e o filme ganha aspectos até mesmo cômicos em determinados momentos. Isso sem falar da desnecessária campanha LGBTQ que o filme faz e que o NetFlix tem colocado como uma das prioridades em suas produções.

Para piorar, o desfecho do filme tem uma reviravolta bastante confusa e chega a parecer como um remendo para que a mensagem final não seja tão polêmica. O problema disso é que o filme passa quase sua totalidade pregando uma determinada linha de raciocínio e no final joga isso fora em poucos segundos ao invés de tomar a atitude de se manter firme que, apesar de polêmica, seria pelo menos mais coerente.

Isso tudo resume um típico caso de oportunidade desperdiçada. O filme começa bem e prende o espectador com sua trama e com as atuações exemplares de Pike e Dinklage, mas do meio para o fim se perder em um roteiro fantasioso demais e com um desfecho incoerente. Apesar disso tudo, ainda vale como passatempo descompromissado por conta das performances dos protagonistas e pela sua excelente primeira metade, nem que seja para deixar um gostinho do quanto ele poderia ter sido melhor.


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