No NetFlix: Bridgerton - Primeira Temporada
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| Um seriado que traz uma trama interessante e que consegue sobressair suas frivolidades aparentes com um elenco talentoso |
Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Bridgerton
Criadores: Chris Van Dusen
Estrelas: Phoebe Dynevor, Regé-Jean Page, Nicola Coughlan
Sinopse: No centro da trama ambientada na Inglaterra regencial, do século 19, está Daphne (Phoebe Dynevor), filha mais velha da família Bridgerton. Insegura, mas focada em sua vida pessoal, ela acaba de entrar para a alta sociedade londrina a fim de encontrar um bom marido e seguir em sua busca por um amor verdadeiro.
Crítica: Michael
Já faz bastante tempo que não assisto a uma novela na televisão aberta. Para falar a verdade, a última que assisti completa foi "Renascer". Basta pesquisar no Google para saber a quanto tempo ela passou. Porém, hoje com as facilidades do streaming, vários seriados do NetFlix apresentam grandes semelhanças com esse gênero de novela, retratando coisas mais casuais do cotidiano em alguns núcleos contidos de personagens. E um desses seriados que mais senti isso foi o recente 'Bridgerton' que traz uma trama interessante e que consegue sobressair suas frivolidades aparentes com um elenco talentoso.
A história se ambienta na Inglaterra regencial e mostra uma "temporada de cortejos" onde as famílias apresentam suas filhas em buscas de maridos em diversos eventos sociais. Neste cenário, a filha mais velha da família Brigerton, Daphne, terá seu destino cruzado com o do duque Simon e os dois vão precisar superar desafios pessoais para concretizar o seu amor.
O seriado tem uma produção de primeira e vemos um desfile de figurinos e cenários glamorosos da época. Tudo é retratado com um nível de detalhes impressionante, tanto em termos de costumes do cortejo da época quanto de coreografias de danças. Isso acaba dando um ar de aristocracia e de conto de fadas ao seriado, mas em contrapartida temos uma representação de personagens que destaque seus elementos humanos falhos. Não faltam intrigas e conflitos pessoais e os diálogos são bem escritos, com a existência de uma "narradora personagem" que serve como elemento integrador da trama e seus personagens. O destaque negativo vai para a grande revelação da identidade dessa narradora misteriosa no final, com a escolha de uma personagem que acaba não fazendo tanto sentido no seu papel, mas que talvez seja melhor explicado na próxima temporada.
Em termos de elenco o seriado possui grandes talentos mesmo sem trazer rostos tão conhecidos, com destaque para Phoebe Dynevor como a protagonista Daphne. Além de sua beleza, ela traz o tom certo de inocência e personalidade forte para trazer sua personagem à vida e mostra grande talento dramático. O seu par é interpretado por Regé-Jean Page que também se destaca, ainda que traga alguns trejeitos exagerados e soe forçado em certos momentos. Ao meu ver, a surpresa agradável ficou por conta da talentosa Claudia Jessie como Eloise Bridgerton em sua busca para ter o controle do seu destino e também para descobrir a identidade da narradora.
No final das contas, o resultado é bem positivo dentro do que se espera de uma "novela moderna". Com uma produção caprichada e um elenco inspirado, ele traz personagens interessantes e os coloca em conflitos que irão prender a atenção do espectador. Isso acaba fazendo com que a soma das partes resulte em mais do que fica aparente na sua superfície de frivolidades e fofocas. Desde que as expectativas sejam realistas, este seriado é uma boa oferta de entretenimento descompromissado.
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