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Filme da vez: Mulan (2020)


Um bom filme injustiçado por expectativas irreais e pelo momento conturbado do cinema atual

                                                                                          

Nota IMDb: 5,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Mulan
Ano de Lançamento: 2020
Diretor: Niki Caro
Estrelas:  Yifei Liu, Donnie Yen, Li Gong
Sinopse:  Em Mulan, Hua Mulan (Liu Yifei) é a espirituosa e determinada filha mais velha de um honrado guerreiro. Quando o Imperador da China emite um decreto que um homem de cada família deve servir no exército imperial, Mulan decide tomar o lugar de seu pai, que está doente. Assumindo a identidade de Hua Jun, ela se disfarça de homem para combater os invasores que estão atacando sua nação, provando-se uma grande guerreira.
Crítica: Michael

Alguns filmes são vítimas de expectativas exageradas e isso é muito evidente no caso de remakes. Porém, será que as "conversões para live action" dos clássicos da Disney devem mesmo ser consideradas remakes ou podem ser vistas como oportunidades de recontar a mesma história de uma maneira diferente? Quando visto sobre esta segunda óptica, Mulan é um bom filme que traz a jornada de uma jovem em busca de afirmação e respeito em uma cultura machista.

A maior crítica que este filme recebeu foi a de não ser exatamente igual ao clássico de animação da Disney lançado em 1998. Talvez pelo fato de eu não ter assistido a este primeiro tenha diminuído meu preconceito, mas o fato é que existem grandes diferenças entre um filme de animação e um de live action. Nem tudo pode ser mantido nesta conversão e quando isso é tentado muitas vezes o resultado acaba estranho, como no caso da adaptação de O Rei Leão. Além disso, se o filme de animação é bom, qual a  necessidade de copiá-lo? Melhor então que as pessoas assistam ao filme original. O ideal mesmo é aproveitar a chance para trazer algo diferente e que alcance um público distinto e talvez mais amplo.

Neste ponto, Mulan faz um excelente trabalho e traz uma produção caprichada com excelente cenografia, fotografia e figurinos de dar inveja aos grandes épicos do cinema oriental. As cenas de luta também são um ponto forte do filme com excelente coreografia. Além disso, o fato de não termos uma ocidentalização dos personagens (ou atores) é louvável em uma grande produção ocidental. E, ainda que o roteiro tenha suas limitações, principalmente nos momentos em que tenta trazer alívios cômicos, a mensagem principal é mantida e transmitida de forma louvável. 

A talentosa jovem atriz Liu Yifei faz um excelente trabalho como a protagonista e se sai muito bem nas cenas de luta sem decepcionar nas partes mais dramáticas. Ainda que caia nos clichês, o vilão de Jason Scott Lee faz um bom contraponto para ela e compre seu papel. Outro destaque é a participação do mito Donnie Yen, que apesar de pequena é fundamental na trama. Isso sem falar do bônus de termos a lenda Jet Li como o Imperador.

Enfim, acredito que este filme tenha sido vítima de críticas exageradas que esperavam uma tradução completa do clássico de animação para live action. Com certeza também o fato da Disney ter cobrado um valor adicional para quem quisesse vê-lo em casa na estreia ajudou nessa recepção negativa, mas na época ainda não havia sido definido um formato adequado para a exibição de grandes produções em streaming e parece que os estúdios aprenderam a lição. O fato é que o filme tem grande méritos cinematográficos e traz uma mensagem importante sobre não desistir nem esconder seus talentos mesmo diante das regras e preconceitos sociais.

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