Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 10 - Parte 8
A operação de resgate de Mark é realizada |
Uma sensação de frio começa a tomar
conta do corpo de Mark e ele vai recobrando a consciência. Aos poucos, os sons
começam a voltar também e ele escuta um barulho de água corrente. Mark sente o
frio começando por suas pernas e subindo pelo resto do corpo. De repente, ele
abre os olhos assustado e vê que está dentro do cockpit da Interceptor e que o
vidro possui um buraco pelo qual está entrando água. Ele olha para baixo e vê
que a água já está em sua cintura e então começa a se soltar na cadeira. Mark
retira o cinto e depois alcança a alavanca para abertura manual do cockpit. Ao
puxá-la, a tampa abre e a cabine é invadida por água, mas felizmente Mark ainda
está com seu traje espacial intacto e com um resto de oxigênio. Ele começa a
nadar em direção à superfície da água e, antes de chegar, olha para baixo e vê
a Interceptor afundando e sumindo na escuridão das profundezas.
Ao chegar na superfície, Mark vê que
está no meio do oceano e que ainda é dia com o Sol começando a se por. Ele vê
boiando próximo a ele o paraquedas da Interceptor que parece ter funcionado
perfeitamente e provavelmente o salvou. Depois, ele tenta falar pelo rádio:
- Peter, na escuta? Mark falando.
Nem sequer estática é ouvida e o rádio
parece não estar funcionando. Mark respira fundo e sente que seu oxigênio na
roupa está perto do fim. Ele então resolve tirar seu traje e começa pelo
capacete e depois pelo resto do traje que fica boiando ao seu lado. De repente,
ele escuta um som distante e ao olhar percebe que se trata de um helicóptero de
resgate. Ele abre um sorriso e faz sinal balançando os braços para indicar sua
posição. O helicóptero se aproxima e a equipe joga uma espécie de cesta para
Mark entrar. Ele entra e é puxado até o helicóptero. Ao chegar lá, vê que a
equipe de resgate está usando roupas de isolamento e é recepcionado por um
membro que o ajuda a subir e diz:
- Seja bem-vindo, coronel Mark. Está
tudo bem com você?
- Sim, só estou encharcado, mas fora
isso tudo bem. Vocês chegaram bem na hora – responde Mark enquanto retira o
excesso de água do cabelo e do rosto.
O homem então entrega uma toalha para
ele e depois fala:
- Rastreamos o transponder da sua nave
e do seu traje e por isso conseguimos achá-lo tão rapidamente. Agora iremos
levá-lo até o centro de quarentena da base.
- Centro de quarentena? – questiona
Mark com a cara feia – Vocês estão em contato de rádio com a sala de controle?
Me deixe falar com o Peter, por favor.
O homem faz um sinal para o copiloto
tirar seu comunicador e depois e passa para Mark. Ele o coloca na cabeça,
ajeita o microfone e diz:
- Sala de controle, aqui é Mark. Na
escuta?
Logo em seguida vem a resposta com a
voz alegre de Peter:
- Mark! Que bom falar com você! Essa
foi por pouco! Você está bem?
- Sim, só com uma dor de cabeça, mas
realmente poderia ter sido bem pior. Agora me responda uma coisa: que negócio é
esse de me mandar para a quarentena? – retruca Mark com a voz irritada.
Alguns segundos depois, Peter responde:
- Calma meu caro, é o procedimento
padrão. Precisamos ter certeza que você não se contaminou durante a viagem à
Europa, mas vai ser só por quarenta e oito horas.
Mark balança a cabeça negativamente e
diz:
- E quanto a Sibelle, alguma novidade?
- Sim, temos novidades. Após ficarmos
sabendo do final da missão dela esperamos a confirmação da chegada da equipe e
do avião, mas isso nunca aconteceu e como não conseguimos contato pelo rádio,
coordenamos uma nova equipe de resgate com os militares e o CDC. Eles chegaram
à base e descobriram que o avião havia explodido.
- O quê? Como assim? – questiona Mark
preocupado.
- Calma, me deixa explicar. Ao que
parece ninguém da equipe do John sobreviveu assim como o coronel Burke, mas
Sibelle estava sendo mantida presa pela Dra. Masterson que se trancou na base
de pesquisa e estava fazendo experimentos nela após tê-la contaminado como
microrganismo. A nova equipe do CDC conseguiu entrar na base com a ajuda dos
militares, prender a Dra. Masterson e resgatar Sibelle, que está sendo trazida
para cá e já recebendo o tratamento adequado considerando que também
conseguimos sintetizar a cura que ela descobriu ao analisar suas amostras.
- Mas então ela está bem? – indaga um
Mark mais animado.
- Sim, está se recuperando,
principalmente considerando seu estado delicado.
Mark faz uma careta e pergunta:
- Que estado delicado?
- Ela está grávida, Mark. Mas fique
tranquilo que o bebê também está a salvo. Você vai ser papai, meu caro.
Mark arregala os olhos e fica pálido.
Depois, dá um sorriso e grita no rádio:
- Caramba! Que coisa boa!
- Meus parabéns! – diz Peter pelo rádio
– Por isso que será até bom você ficar em quarentena, pois dará tempo dela se
recuperar antes que possa vê-la.
Mark balança afirmativamente a cabeça e
diz:
- Ok, mas quando sair de lá irei direto
visitá-la, combinado?
- Claro, você tem a minha palavra –
responde Peter.
Mark faz uma pausa e fala com uma voz
um pouco trêmula:
- Obrigado, Pete. Por isso e por tudo
que você fez por mim. Sem você, tenho certeza de que não estaria aqui agora.
- Não esquenta com isso, meu amigo.
Você me paga uma cerveja e está tudo certo – responde Peter seguido de uma
gargalhada pelo rádio - depois nos falamos de novo. Câmbio e desligo.
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