Documentário da vez: A inventora - À Procura de Sangue no Vale do Silício(2019)
Baseado em um famoso livro que expôs uma das histórias mais malucas de fraude no Vale do Silício, que transformou uma gigante de 9 bilhões de dólares em uma má lembrança para muitos da área. Confira alguns detalhes de porquê você deve ver esse documentário na crítica abaixo
Nota IMDb: 7,1 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Inventor:Out for Blood in Silicon Valley(2019)
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Alex Gibney(experiente diretor e produtor executivo de uma longa lista de documentários como Enron:Os Mais Espertos da Sala(2005), Um Taxi para a Escuridão(2007) que ganhou um Oscar, Going Clear:Scientology & Prision of Believe(2015), Minha Máxima Culpa: Silêncio na Casa de Deus(2012), The Family:Democracia Ameaçada(2019), Citizen K(2019), Salt Fat Acid Heat(2018), Na Rota do Dinheiro Sujo(2018), entre outras que estão vindo)
Estrelas: Alex Gibney(como o narrador), Elizabeth Holmes(como a fundadora da pequena máquina), Errol Morris(famosa figurinha nas rodas da alta grana), Dan Ariely(excelente autor e pesquisador famoso pelo livro e documentário DisHonesty:The Truth About Lies), Tyler Shultz(como o empolgado que vira funcionário), John Carreyrou(jornalista que acabou escrevendo o livro que inspirou o filme, Bad Blood) entre outras personalidades.
Sinopse: Jovem, ambiciosa e ...visionária? O que deu de errado naquela que muitos apostavam como a próxima Steve Jobs?
Crítica: Dissonantbr
Sinopse: Jovem, ambiciosa e ...visionária? O que deu de errado naquela que muitos apostavam como a próxima Steve Jobs?
Crítica: Dissonantbr
A história da empresa Theranos eu praticamente vi acontecer, não de perto, mas por meio de reportagens em vários lugares. Na fase romântica, a primeira vez que eu tinha ouvido falar foi na Wired, ainda com uma certa cautela. E realmente, a história parecia boa demais: com um exame praticamente igual a aferição de taxa glicêmica, com uma pequena quantidade de sangue por uma picada em algum dos dedos, seria, segunda ela, possível fazer mais de 200 exames e a um custo muito inferior ao dos grandes laboratórios. E o detalhe mais maluco: tudo poderia ser feito em uma máquina um pouco maior do que uma impressora laser de escritório. Com tempo você poderia até ter uma em casa.
O mais maluco desse documentário é observar como tanta gente famosa, rica e poderosa pode ser enganada e se enganar sobre uma pessoa e sobre um projeto. Porque essa também uma história de pessoas que se aproveitaram de algo que sabiam que era impossível(naquele momento), mesmo assim viram a chance de ter alguma vantagem. E outros ficaram em uma situação muito mais frágil já que não era raro observar testes totalmente divergentes do que deveriam indicar, justamente para quem procurava o serviço e não tinha condições de pagar os altos custos de exames de sangue no EUA. Vale lembrar que a ausência de uma assistência médica universal tem sido o epicentro de muitas brigas e desafios logísticos e orçamentários lá. Com o fim do Obama Care e um plano que venha substitui-lo a situação só piorou. Por isso tanto interesse também público nisso.
E para os mais novos, muita gente não conheceu ou nunca ouviu falar do estouro da bolha das chamadas .Com, uma valorização absurda de uma série de empresas que prometiam mundos e fundos e não entregavam nada muito substancial. Houve um tempo que só dizer que o produto se conectava na Internet e ganhava-se generosos maços de dinheiro. Só que um dia alguém se perguntou se aquela festa se pagava....e aí... Com o fracasso da Theranos houve o medo de que talvez o Vale do Silício entregasse de fato bem menos do que ele promete, porém também ficava algo mais inquietador: muitas vezes as empresas não tomam cuidado com a segurança de seus produtos(sim, estamos também falando dos carros autômatos ou Tesla da vida).
E sim, a primeira coisa estranha que você vai perceber nela é a voz que é grave. Mas a expressão dela, a forma que ela fala, só que mais importante do que isso, como ela reage confrontada à perguntas básicas é sem dúvida a parte mais impressionante do documentário. Não são os efeitos especiais, o enorme trabalho de juntar material, entrevistas, filmagens da época...nada disso impressiona mais do que a bizarra expressão de Elizabeth.
Vale sem dúvida ver(está disponível na HBO) não só pela enorme repercussão da queda de um simbolo para muitos e definição para padrões mais rígidos de investimento no Vale do Silício.
PS:Ouvi falavar que no YouTube tem gente que reproduz...Deve ser uma lenda...
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