Série da vez:Ardil-22(2019-?)
Como adaptar um icônico livro, considerado como um dos maiores livros já escritos na língua inglesa e não passar vergonha? Ou pelo menos conseguir um "ok"? Confira se isso aconteceu e outros detalhes nessa pequena série adaptação que está na Hulu, mas deve vir para o Brasil com o novo serviço de streaming da Disney
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| Também pode ser porque o Karma é uma desgraça...:P |
Nota IMDb: 7,9 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Catch-22
Criadores: Luke Davies,David Michôd
Estrelas: Christopher Abbott(como protagonista Yossarian ou "Yoyo"), Kyle Chandler(o sem noção Coronel Catchcart), Daniel David Stewart(como o malandro Milo), Jay Paulson(como o Chapelão Tappman), George Clooney(como boneco de posto e perigoso Scheisskopf), Giancarlo Giannini(como o cafetão e filosofo Marcello), Hugh Laurie(entediado Major Coverley), entre muitas outras estrelas
Crítica: Dissonantbr
Uma coisa tem que ser dita aos que toparam fazer essa adaptação: eles tem realmente muita audácia de entrar em um projeto que o original, mesmo sendo um filme de 1970, tinha a participação direta de grandes estrelas como Alan Arkin(com o que muitos dizem que foi o seu melhor papel), Martin Sheen, Jon Voight, Orson Welles(não só atuando como também dando aquele pitaco) e com a direção de Mike Nichols. Mas o IMDb faz o desafio ficar mais fácil com a nota atual de 7,2 do original...:P
Primeiro vamos a história: Yossarian vai parar na guerra, vê que tanto as pessoas, como o conflito em si não tem nada de justificável e tenta escapar de um confronto praticamente certo com a morte toda a vez quando tem que fazer sua função:como artilheiro de um bombardeiro, não só morre um pouco a cada ataque, assim como que tem a obrigação de participar em um número que parece muito maior do que o número de pessoas que ele conhece e que vão morrendo. E um detalhe super importante:o chamado Ardil-22 é justamente a pegadinha sobre a desculpa de alegar loucura para sair de combate, porém só sendo doido para ir para uma matança como aquela, só que um doido de verdade não alegaria que seria doido. Entenderam? ;)
Dado o argumento, vamos aos problemas. Primeiro a escolha do protagonista funciona em alguns momentos, mas fracassa no lado cômico. Aliás os momentos sarcásticos do lado lucrativo da Guerra, que vimos em outra obra de George Clooney Três Reis, perde bastante o lado cômico aqui frente ao original. Pode ser uma escolha. A loucura burocrática e na linha de comando é outra coisa que acaba ficando prejudicada pela qualidade da atuação. Outro dano é o ritmo que muitas vezes é um pouco lento, culpa talvez da ausência de uma direção mais ágil e um elenco mais talentoso para fazer frente à obra original que tem um conjunto excelente de personagens 3d, coisa que não vemos definitivamente aqui. Por isso, ainda que seja uma série pequena, que deixa uma chance de segunda temporada(medo!), poderia pelos motivos acima ter explorado melhor o tempo substancialmente maior para explorar do que o filme dos anos 70, por exemplo.
Mas como pontos positivos, o mundo sim precisa de um filme para denunciar não só a Guerra, como também ambientes absurdamente burocráticos como também empresas. Aliás como a série mostra muitas vezes, a Guerra para muitos é um negócio com grandes lucros e nenhum risco para poucos que comandam e estão longe do front. Outro ponto positivo são alguns momentos do texto com excelentes reflexões que mereciam ser resgatadas(ou ler o original seria algo tão difícil que seria inacessível para muitos?;)). E por fim, que excelente trabalho de empregar aviões em partes práticas(claro que o CGI come solto no onipresente tom laranja na produção)!!!
Resumindo, de um chute tão alto, o resultado foi surpreendentemente bom, mesmo com suas limitações e dificuldades de adaptação como os atores, tempo e dinheiro. Mesmo assim merece ser visto sem dúvida, principalmente pelas novas gerações. Ah, há imagens bem fortes... Já aviso principalmente nas cenas de batalha.
Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)
Uma coisa tem que ser dita aos que toparam fazer essa adaptação: eles tem realmente muita audácia de entrar em um projeto que o original, mesmo sendo um filme de 1970, tinha a participação direta de grandes estrelas como Alan Arkin(com o que muitos dizem que foi o seu melhor papel), Martin Sheen, Jon Voight, Orson Welles(não só atuando como também dando aquele pitaco) e com a direção de Mike Nichols. Mas o IMDb faz o desafio ficar mais fácil com a nota atual de 7,2 do original...:P
Primeiro vamos a história: Yossarian vai parar na guerra, vê que tanto as pessoas, como o conflito em si não tem nada de justificável e tenta escapar de um confronto praticamente certo com a morte toda a vez quando tem que fazer sua função:como artilheiro de um bombardeiro, não só morre um pouco a cada ataque, assim como que tem a obrigação de participar em um número que parece muito maior do que o número de pessoas que ele conhece e que vão morrendo. E um detalhe super importante:o chamado Ardil-22 é justamente a pegadinha sobre a desculpa de alegar loucura para sair de combate, porém só sendo doido para ir para uma matança como aquela, só que um doido de verdade não alegaria que seria doido. Entenderam? ;)
Dado o argumento, vamos aos problemas. Primeiro a escolha do protagonista funciona em alguns momentos, mas fracassa no lado cômico. Aliás os momentos sarcásticos do lado lucrativo da Guerra, que vimos em outra obra de George Clooney Três Reis, perde bastante o lado cômico aqui frente ao original. Pode ser uma escolha. A loucura burocrática e na linha de comando é outra coisa que acaba ficando prejudicada pela qualidade da atuação. Outro dano é o ritmo que muitas vezes é um pouco lento, culpa talvez da ausência de uma direção mais ágil e um elenco mais talentoso para fazer frente à obra original que tem um conjunto excelente de personagens 3d, coisa que não vemos definitivamente aqui. Por isso, ainda que seja uma série pequena, que deixa uma chance de segunda temporada(medo!), poderia pelos motivos acima ter explorado melhor o tempo substancialmente maior para explorar do que o filme dos anos 70, por exemplo.
Mas como pontos positivos, o mundo sim precisa de um filme para denunciar não só a Guerra, como também ambientes absurdamente burocráticos como também empresas. Aliás como a série mostra muitas vezes, a Guerra para muitos é um negócio com grandes lucros e nenhum risco para poucos que comandam e estão longe do front. Outro ponto positivo são alguns momentos do texto com excelentes reflexões que mereciam ser resgatadas(ou ler o original seria algo tão difícil que seria inacessível para muitos?;)). E por fim, que excelente trabalho de empregar aviões em partes práticas(claro que o CGI come solto no onipresente tom laranja na produção)!!!
Resumindo, de um chute tão alto, o resultado foi surpreendentemente bom, mesmo com suas limitações e dificuldades de adaptação como os atores, tempo e dinheiro. Mesmo assim merece ser visto sem dúvida, principalmente pelas novas gerações. Ah, há imagens bem fortes... Já aviso principalmente nas cenas de batalha.
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