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Filme da vez: Superação - O Milagre da Fé (2019)

Um filme cristão que ainda padece de alguns clichês do gênero, mas que é fortalecido por uma impressionante história verídica
                                                                                                       
Nota IMDb: 5,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Breakthrough 
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Roxann Dawson
Estrelas: Topher Grace, Josh Lucas, Chrissy Metz, Mike Colter
Sinopse: Durante um passeio com a família em uma manhã de inverno no Lago St Louis, no Missouri, o menino John Smith, de apenas 14 anos, sofre uma queda e se afoga por mais de 15 minutos. Chegando ao hospital, John é considerado morto por mais de uma hora até que sua mãe, Joyce Smith, ao lado do pai e de um pastor, junta todas as suas forças e pede a Deus para que seu filho sobreviva. Sua prece poderosa é responsável por um milagre inédito.
Crítica: Michael

Os filmes cristãos tem evoluído bastante nos últimos anos através de melhores produções e pela presença de atores renomados que emprestam seus talentos em um gênero que antes era considerado desinteressante. Ainda assim, muitas vezes eles ainda tropeçam em roteiros cheios de clichês e que falham em se conectar com a vida prática das pessoas que pretende ensinar ou trazer para uma reflexão. Neste quesito, este filme tem o diferencial de ser baseado em uma interessante história real e se aproveita bem disso, ainda que acabe caindo em algumas armadilhas do gênero.

O roteiro mostra o impressionante caso de sobrevivência de um menino adotado chamado John. Seus pais são cristãos e na sua adolescência ele cai em um lago congelado e se afoga. Após ficar mais de quinze minutos submerso, ele é levado para o hospital e os médicos desistem dele depois de mais quarenta e cinco minutos de tentativas de ressuscitá-lo. Ao ser avisada do óbito, a mãe não aceita e ora pedindo a Deus para trazê-lo de volta. Logo em seguida seus batimentos voltam e ele entra coma e inicia uma batalha pela sobrevivência.

Até aí tudo bem, pois temos os fatos reais para conduzir a trama. O problema está nos momentos em que os ensinamentos são inseridos, pois mais uma vez temos alguns diálogos forçados e com pessoas reagindo de maneiras bem diferentes do que vemos no mundo real. De qualquer forma, esses momentos são poucos e não atrapalham de forma significativa o andamento da história, ainda que deixem o filme um pouco monótono.

Apesar da trama ser centrada no menino, o protagonista mesmo é sua mãe e nós acompanhamos toda sua luta para lidar com a possibilidade da perda do filho ao mesmo tempo em que precisa aprender que nem tudo está sob seu controle e a depositar confiança em Deus. A atriz Chrissy Metz, apesar de desconhecida, faz um excelente trabalho e consegue carregar o peso do seu papel de maneira louvável. Como disse antes, temos rostos conhecidos como Topher Grace e Mike Colter que agregam bastante na qualidade do elenco e do filme como um todo, fazendo o melhor que podem com o roteiro que lhes foi entregue. O destaque negativo vai para Josh Lucas que, apesar de seu histórico, traz uma performance bem apagada. Outro que não se mostra muito à vontade e poderia ter sido melhor escalado é justamente o menino John, pois ele não convence nos momentos de mais rebeldia e nem nos dramáticos.

Após muito sucesso no cinema nacional, este filme mostra um futuro onde este estilo poderá deixar a marca de home video e justificar o preço do ingresso. Para aqueles que gostam do gênero, é praticamente obrigatório por ser uma das novas referências em termos de qualidade, mas claro que devemos considerar o histórico limitado do passado. O diferencial aqui vai pela história verídica e interessante que pode atrair aqueles que gostam de casos extremos de superação e sobrevivência e de quebra vão ser levados a algumas reflexões sobre fé e espiritualidade.

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