Filme da vez: X-Men: Fênix Negra (2019)
Será que este filme merece todo o ódio que vem recebendo? Confira na nossa análise a seguir. |
Nota IMDb: 5,9 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: X-Men: Dark Phoenix
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Simon Kinberg
Estrelas: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence
Sinopse: Jean Grey começa a desenvolver incríveis poderes que a corrompem e a transformam em uma Fênix Negra. Agora, os X-Men precisam decidir se a vida de um membro da equipe vale mais do que todas as pessoas do mundo.
Crítica: Michael
Sinopse: Jean Grey começa a desenvolver incríveis poderes que a corrompem e a transformam em uma Fênix Negra. Agora, os X-Men precisam decidir se a vida de um membro da equipe vale mais do que todas as pessoas do mundo.
Crítica: Michael
Se hoje o MCU é a referência de filmes de super-heróis, foi a Fox e os X-Men que abriram esse caminho. Depois de quase vinte anos de altos e baixos, chegou a hora da franquia sair das mãos da Fox e voltar para casa, mas antes temos neste filme uma chance de nos despedir desses heróis até que a Marvel decida reapresentá-los. Ainda que esteja longe de ser um dos pontos altos dessa trajetória, acredito que este filme não mereça todo o ódio que vem recebendo e espero apresentar argumentos suficientes para defendê-lo.
Após o "desastre" do último filme, com um vilão fraco e heróis mal aproveitados, o novo diretor decidiu inclusive ignorar a ponta deixada para justificar o surgimento da "Fênix". Ao invés disso, ele se voltou para uma origem parecida com a dos quadrinhos, fazendo Jean ser possuída por uma entidade cósmica durante uma missão de resgate no espaço. Isso faz com que ela rompa as barreiras criadas por Xavier em sua mente e tenha contato com seu passado traumático, se tornando uma ameaça para todos em sua volta. Ao mesmo tempo, uma raça alienígena pretende controlar esse poder para destruir a Terra e tomar nosso lugar. Os X-Men precisam então ajudar Jean a recobrar sua consciência e impedir esses alienígenas de se apossar do poder da Fênix.
Uma coisa que fica clara desde o começo é o tom muito mais dramático do filme, que faz com que ele se diferencie bastante da pegada mais leve do MCU. Quem estiver esperando uma piada a cada cinco minutos realmente ficará bastante decepcionado. Ao invés disso, o foco se volta para o assunto recorrente da destruição de uma família e das consequências devastadoras de uma mentira. Infelizmente, com exceção de Jean e Xavier, os personagens não recebem um arco interessante para desempenhar e acabam não evoluindo muito se comparados a suas aparições anteriores. Da mesma forma, o velho problema de um grande ator desperdiçado em um papel de vilão unidimensional se repete e Jessica Chastain é a bola da vez. Porém, isso é um erro comum na maioria dos filmes do MCU e eles não receberam a mesma crítica severa.
Outro ponto a ser destacado é a falta de interesse de muitos dos atores do elenco "Primeira Classe", que parecem mais estar cumprindo contrato. Jennifer Lawrence é o caso mais gritante e felizmente sua presença forçada é reduzida ao máximo. Fassbender também está um pouco apagado, talvez por culpa do seu arco desinteressante. Já James McAvoy se destaca como um Xavier que precisa equilibrar a necessidade de proteger os mutantes com suas convicções. Da mesma forma, Sophie Turner entrega uma excelente e tocante performance como Jean, retratando muito bem todo o seu conflito interno.
O grande destaque do filme vai para seu visual, para a mixagem de som e trilha sonora e para as cenas de ação. Com efeitos de primeira, as cenas mostram os X-Men dos quadrinhos ganhando vida nas telas e usando seus poderes de uma maneira coordenada e interessante. Alguns momentos vão gerar arrepios nos fãs mais antigos que finalmente vão ver Cyclops sendo útil e uma Tempestade chutando bundas como nos velhos tempos. Magneto também rouba a cena em alguns momentos de tirar o fôlego. Em termos de efeitos sonoros, desde que você esteja em uma sala preparada, o filme vai fazer você literalmente vibrar em alguns momentos e se sentir dentro da ação. Da mesma forma, a trilha é bem inspirada e ajuda a trazer a emoção necessária.
Com certeza não estamos diante da despedida que os mutantes mereciam nas telonas. Talvez a escolha de refazer a Saga da Fênix tenha sido equivocada e poderia-se ter investido em algo novo. Da mesma forma, as refilmagens feitas para diferenciar o filme do recente 'Capitã Marvel' podem ter atrapalhado o que se pretendia. Ainda assim, o resultado aqui é muito superior do que na primeira tentativa e bem melhor do que o atingido em Apocalipse. Ao meu ver, a "febre MCU" acabou cegando o público e fazendo ele torcer o nariz para qualquer coisa que fuja dessa fórmula. Mas o futuro é promissor e o retorno dos mutantes para a Marvel é algo muito esperado. Provavelmente a Casa das Ideias esperará alguns anos até a poeira baixar, mas quando finalmente eles voltarem às telonas, espero que seja de uma maneira digna do seu legado para que eles possam assumir o lugar de destaque que merecem.
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