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Viajando na maionese:Porquê não vamos a Marte agora

Como uma missão da China mostra o mais claro a se fazer e o que isso tem a ver com a expansão espacial.

ChinaBox...Lunar!


Hoje queria fazer um post de várzea, mais descontraído, onde a gente pode viajar um pouquinho sobre uma curiosidade que deve dominar bem o noticiário cientifico esse ano. Vamos brincar de especular sobre os próximos passos da exploração espacial.

Como alguns viram, a SpaceX apresentou sua primeira versão do seu veículo espacial além da orbita da Terra, com o pomposo nove de Starship que vários juravam que era apenas um enorme Action Figure, ou alguma brincadeira de Elon Musk. Porém vários especialistas mostravam que o ritmo de construção, a característica dos motores, todo o resto, apesar da aparente fragilidade, era realmente um veículo protótipo, mas viável de voar. E ele deve voar em breve para testar os macro conceitos para a versão definitiva.
ok, parece um foguete dos quadrinhos clássicos, mas não é...só...

Só que literalmente do outro lado do mundo, a China vem confirmando o porquê de ser a segunda nação e as vezes a primeira(depende do semestre do ano) em tonelagem enviada ao espaço, tido o sucesso com a missão ao lado não explorado da Lua como demonstração mais recente, o chamado "Lado Escuro" da mesma... Com um rover e uma sonda ela tem feito imagens e coletado dados em uma missão relativamente muito mais simples do que algo na concorrida Marte. E da aí que veio a grande reflexão. 

Mesmo sendo uma primeira temporada bem ruim, com alguns poucos bons momentos fora o mar de drama, a série The First que fizemos a crítica aqui, (inclusive no momento desse post a série não teve confirmação de uma segunda temporada, nem de cancelamento, mas como diriam os antigos, está no bico do corvo), pelo menos a mesma fez questão de um raciocínio básico: apenas depois de um domínio bem amplo da Lua, é que realmente uma ocupação mais efetiva vai ocorrer para Marte. Mas por que então a SpaceX insiste nessa idéia? Aí que está o pulo do gato.

Na verdade meu chute seria que é pura questão de marketing, já que a Lua o homem foi(ok, vou ignorar a divertida brincadeira daqueles que dizem que não ocorreu isso), pesquisou, contundo, por problemas econômicos, decidiu deixar para outro momento. E muita coisa mudou desde de então. A principal coisa, além de uma tecnologia mais confiável, é a questão de quem está financiando a operação, mudando do governo para empresas pagando tudo isso com claros interesses comerciais na exploração de materiais fora da Terra. Ok, parece ficção científica, mas sabe aquele problema de consumo contínuo dos recursos? Está começando a rarear cada vez mais e a reciclagem ainda não está dando vazão a demanda. Friamente, é uma questão de sobrevivência do próprio capitalismo.  Sem contar montanhas de dinheiro envolvidos nessa industria.

Outro motivo, não só por ter várias missões para nosso satélite natural nesse ano, ser o ano de aniversário de 50 anos, mas também principalmente por uma questão de rivalidade entre as nações. A China, que não participa do consorcio internacional espacial, quer mostrar uma presença agressiva no espaço também, e vê a possibilidade de extração de água, observação e estudo do espaço profundo, assim como uma base permanente. Isso vai mudar tudo, inclusive atrasando a ida de Marte. E o melhor, era algo bem previsível. Essa é sem dúvida minha aposta em uma clara mudança de rumo. Vamos aguardar pra ver o que vai dar... Quem viver, verá.

E para finalizar, uma dica que é o canal excelente sobre astronomia, com o host que parece ter saído de um desenho animado, mas é muuuuuuuuuitooooo bom. Vale conhecer sem dúvida, e no episódio abaixo, compartilha de parte da minhas opiniões, de certa forma... Só ele não sabe...:)))





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