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Filme da vez: Maus Momentos no Hotel Royale (2018)

Mais um exemplo de que bilheteria e qualidade nem sempre andam juntos
                                                                                                        
Nota IMDb: 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Bad Times at the El Royale
Ano de Lançamento: 2018
Diretor: Drew Goddard
Estrelas:   Jeff Bridges, Cynthia Erivo, Dakota Johnson, Jon Hamm, Chris Hemsworth
Sinopse: Década de 1960, sete desconhecidos se encontram no El Royale, um hotel degradado perto de Lake Tahoe, Califórnia. Cada um deles tem um segredo obscuro e precisa encontrar redenção durante a noite... antes que tudo vá para o inferno.
Crítica: Michael

Muitas vezes tendemos a medir a qualidade de um filme pelo seu sucesso na bilheteria, mas nem sempre os dois andam juntos. Talvez o caso mais célebre seja o de 'Um Sonho de Liberdade', filme que hoje ocupa o primeiro lugar na avaliação do público no IMDb, mas que na época não teve muita atenção do público e nem da crítica, perdendo o Oscar para 'Forrest Gump' e só se transformando em um clássico anos depois. Neste quesito de bilheteria, o novo filme de Drew Goddard  poderia ser considerado ruim, pois foi um dos fracassos de 2018, mesmo sendo bem recebido pela crítica. Ainda que seja cedo e otimista falar que ele um dia será um clássico, certamente estamos diante de um bom filme que merecia muito mais atenção.

O roteiro é um dos pontos fortes desse longa e mostra vários estranhos se encontrando em um hotel que deixou para trás seus dias de glória, desenvolvendo ao pouco cada jornada até que elas entram em choque. As verdadeiras intenções de cada um e também seu passado vão sendo revelados de maneira bem inteligente e impactante, nos fazendo entender e até torcer por alguns deles. Como já é de praxe nos filmes atuais, o conceito de herói é bastante nebuloso e aqueles que parecem ser vilões muitas vezes são os que demonstram maior humanidade e geram mais empatia com o público. Também não faltam bons momentos de tensão e de suspense, isso sem falar de uma inteligente conexão com a realidade através de uma figura histórica cuja identidade é sugerida, mas nunca revelada.

Porém, nada disso daria certo se o elenco não fosse competente e nesse sentido o filme se sobressai também. Jeff Bridges, apesar de reprisar o mesmo papel há alguns filmes, está bem à vontade e despeja talento. Jon Hamm também convence no papel que foi escalado e até Dakota Johnson, pela qual tenho um certo preconceito devido à franquia "Tons de...", mostra seu talento e segura as pontas ao lado dos nomes de maior peso. Chris Hemsworth também se mostra confortável no papel de "líder hippie" e totalmente diferente do que vimos dele como Thor. No entanto, minha maior surpresa foi mesmo Cynthia Erivo como Darlene Sweet, com uma interpretação emotiva e poderosa, roubando todos as cenas em que ela se manifesta, seja cantando ou falando.

Sem dúvidas estamos diante de mais um bom filme injustiçado pela "loteria da bilheteria", mas isso não diminui a minha certeza em indicá-lo àqueles dispostos a experimentar algo diferente e emocionante. E então como explicar o fracasso na bilheteria? Existem várias possibilidades: má escolha da data de lançamento (concorreu com Venom); o público de massa tem um perfil mais "pipoca"; não tem nenhum super-herói em cena (ironicamente o Thor está no elenco, mas não voa nem solta raios); etc. O fato é que Drew Goddard, infelizmente, tem outro fracasso financeiro no seu currículo e isso pode reduzir a confiança que os executivos tem desse talentoso diretor. Vamos torcer para que seu próximo trabalho de dirigir o filme 'X-Force' e que irá juntar o "time Deadpool" possa reverter isso sem abrir mão da qualidade, pois desta vez ele terá vários super-heróis em cena e um novo fracasso de bilheteria será praticamente a sua sentença de morte em Hollywood.

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