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Filme da vez:Bohemian Rhapsody - A História de Freddie Mercury(2018)

É uma bizarra, mas funcional versão família da vida de Freddie Mercury, biografia, antes de tudo musical da vida desse excêntrico e complexo personagem e uma das maiores banda de rock do mundo. Confira mais detalhes no review abaixo

"Moça, me vê por favor um ingresso para o Boemia Raspodi?"


Nota IMDb: 8,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2018
Nome Original: Bohemian Rhapsody
Diretor: Bryan Singer 85%(diretor de X-Men: O Filme, Os Suspeitos, X-Men:Dias de um Futuro Esquecido, Superman: O Retorno, entre outras obras) e 15% Dexter Fletcher(Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, Os Três Mosqueteiros, Kick-Ass:Quebrando Tudo, entre outras obras)
Estrelas:  Rami Malek(segurando a onda como Freddie Mercury), Lucy Boynton(como a linda e em uma sinuca Mary Austin), Gwilym Lee(como Bryan May), Ben Hardy(como Roger Taylor), Aidan Gillen(como John Reid), Tom Hollander(como o engraçado Jim Beach), Mike Myers(como um divertido Ray Foster), entre outras estrelas.
Sinopse: Pecorrendo desde do início como carregador de malas no aeroporto até a melhor performance da banda no Live Aid em 1985, essa biografia tenta mostrar vários tons da personalidade de Freddie Mercury.


Antes de tudo, há duas coisas fortes nesse filme. A primeira é que ele foi produto de muito esforço e quase o cancelamento da produção por vários problemas(a forte divergência criativa de Sacha Baron Cohen, que era para ser o ator principal, assim como a demissão do Bryan Singer faltando 3 meses para o fim da produção, resultado dos maus hábitos que o diretor prometeu, mas não cumpriu mudar). A segunda foi a escolha em focar na música e não gerar uma versão que fosse extremamente realista de como foi a vida de Freddie, a AIDS e seus escândalos. Há várias mudanças cronológicas que ou foram para dar uma maior rapidez a história, ou liberdade de adaptação, ou simplesmente "preguiça"para integrar em um roteiro. E sim, pode dar um viés de chapa branca, porém tem o objetivo de não se desviar do enorme legado da banda e do cantor, aliás, performer como ele vivia falando e merecidamente ganhou.

Rami Malek tenta entregar uma performance justa, ainda que não perfeita, mesmo assim suficiente para não só o fã, porém aquele que ocasionalmente escutava suas músicas concordasse que o domínio dele com as platéias fazia que realmente o Queen não fosse uma banda qualquer. E isso tudo de uma pessoa que claramente tinha seus grandes dilemas, inseguranças, a questão de sexualidade muito mal resolvida(uma das melhores definições da cena mais gay do filme foi "tem um bigode beijando outro bigode"), os problemas das drogas e outros comportamentos destrutivos e a clássica fase do peso do sucesso e idade em uma grande banda de sucesso. E o inicialmente rosto bonito Lucy Boynton como Mary Austin se mostrou bem no papel daquela que ia ser a amiga até o final da vida de Freddie. E ainda no campo dos atores, Mike Myers irreconhecível como Ray Foster(o produtor que apostava que justamente a música que dá o nome ao filme) nunca ia tocar na rádio, e gera um Easter Egg com Quanto Mais Idiota Melhor, "faça um jovem no seu carro aumentar o som ao máximo e bater cabeça".

Aliás é justamente essa música que dá o nome a obra toda que não só bem definiu uma banda que não só não cabia nos rótulos, fez críticos torcerem os narizes e compreenderem muito tempo depois o tamanho da obra, mas também representa o sucesso e a identificação com o público que sofria com a mesmice do rock progressivo. Curiosamente foi ela que também revolucionou o clip para singles, o que acabou dando origem a necessidade ao que foi a MTV.

E claro, o filme tenta mostrar detalhes de como supostamente nasceram grandes sucessos, naturalmente a própria Bohemian Rhapsody, como "Love of My Life, com a marcante passagem no Rio(por favor se puder veja a engraçada entrevista com Glória Maria aqui), "We Will Rock You", entre outras músicas e "Another One Bites The Dust", porém por algum motivo(acredito que de direitos autorais), fica ausente a parceria com David Bowie o single "Under Pressure".

Resumindo, não é a biografia definitiva, nem fiel aos fatos, nem para uma visão vitimista da vida do integrante, não líder, como várias vezes afirmavam, mas sim mostrando a necessidade dele como parte dessa imensa força que foi o Queen. E só isso já é um serviço a todos que assistirem.

Ah, principalmente para quem já assistiu, vale conferir o que difere da realidade e o que foi fidedigno nesse excelente video do PH Santos aqui.


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