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Filme da vez: Círculo de Fogo - A Revolta (2018)

O filme original foi vítima do "raio transformetizador" e o resultado é uma montanha de lixo capaz de soterrar um Kaiju
                                                                                                                                   
Nota IMDb: 6,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Pacific Rim: Uprising
Ano de Lançamento: 2018
Diretor: Steven S. DeKnight
Estrelas:  John Boyega, Scott Eastwood, Cailee Spaeny
Sinopse: Filho de Stacker Pentecost, responsável pelo comando da rebelião Jaeger, Jake Pendergast era um promissor piloto do programa de defesa, mas abandonou o treinamento e entrou no mundo do crime. Quando uma nova ameaça aparece, Mako Mori assume o lugar que era do pai no comando do grupo Jaeger e precisa reunir uma série de pilotos. Ela procura o irmão Jake e decide lhe oferecer uma segunda chance para ajudar no combate e provar seu valor.

Quando del Toro foi "convidado a sair" dos filmes do Hobbit, a Warner deve ter dito para ele assim: "para compensar, nós vamos financiar o filme que você quiser". Ele então resolveu realizar o sonho de qualquer nerd crescido: um filme de robôs gigantes lutando contra monstros gigantes com um orçamento gigante. Ainda que o filme de 2013 seja cheio de furos, ele possui uma personalidade própria e talento envolvido suficiente para entregar algo inspirado e divertido. Sendo assim, claro que uma continuação era uma questão de tempo. Infelizmente, nesta continuação o resultado foi o inverso e suas falhas do tamanho de um Kaiju superam com sobra as minúsculas qualidades que sobraram.

Dez anos após o "fim" da ameça dos Kaiju, o filho rebelde de Stacker precisa voltar para o programa Jaeger para ajudar sua irmã adotiva e um grupo de novos cadetes a superar uma nova ameaça. Logo de cara fica claro que o público alvo do filme são os (bem) mais jovens, pois a trama é rasa, previsível, cheia de momentos embaraçosos e repleta de buracos por onde passaria um Kaiju. O foco em um elenco adolescente só reforça isso e faz com que fãs do primeiro, como eu, sintam um embrulho no estômago. Também ao contrário do original, aqui não existe uma real sensação de ameça ou de necessidade de "cancelar o apocalipse".

Mas aí você pode argumentar: "mas é um filme de robôs gigantes contra monstros! O que interessam são as lutas!". Pois é, nem isso funciona bem. Temos sim mais lutas e não falta destruição, mas a qualidade dos efeitos especiais decepciona assim como a exagerada agilidade dos robôs. Um dos maiores pontos positivos do primeiro era justamente a sensação de peso e força dos Jaegers e de suas pequenas partes se movendo para montar um mosaico em forma humanoide. Até mesmo um "Jaeger Ninja" foi adicionado e o design dos demais se mostra pouco inspirado.

Para piorar tudo, desta vez o elenco deixa muito a desejar. John Boyega até que tenta, mas ele ainda não possui nem metade do carisma de Idris Elba e da sua força para carregar um filme desses e nos vender a ideia de um mundo onde robôs gigantes são a única esperança da humanidade. Também falta química entre os outros atores (mesmo os que reprisaram seus papéis anteriores) e a maioria parece estar ali apenas para ganhar uma grana fácil. Do "núcleo malhação", só se salva mesmo a protagonista Cailee Spaeny que deixa transparecer seu talento apesar do roteiro tenebroso. Os diálogos também não ajudam e não consegui dar uma risada sequer nos momentos que deveriam ser de alívio cômico.

Como fã do primeiro, é triste ver o rumo que a franquia tomou depois de passar pelo "raio transformetizador" que extraiu toda a alma do original e tentou nos empurrar um enlatado hollywoodiano da pior qualidade. Acredito que o estúdio já sabia disso desde o princípio e fez questão de inserir mais elementos e personagens chineses para ver se a bilheteria de lá ajudaria a recuperar tanto investimento sem sentido. Depois de assistir a esta atrocidade, me deu saudades dos episódios do Jaspion e dos Changeman e recomendo que você assista algum deles ao invés de perder seu precioso tempo.

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