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Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 5 - Parte 7

A equipe do Projeto Nautilus apresenta o submersível que irá explorar os oceanos de Europa
O prazo para a partida do Projeto Explorer está se aproximando e, com pouco mais de um dia até a janela de lançamento, a equipe trabalha freneticamente tentando finalizar os preparativos. A agitação no hangar do projeto é intensa e existe pouco espaço para tantas pessoas que se misturam em um vai-e-vem interminável. No meio da confusão, Mark acabou de sair do simulador e está sentando na escada do lado de fora tomando um pouco de ar. Ele abaixa sua cabeça e as gotas de suor escorrem para o chão enquanto ele respira fundo.

Ao levantar sua cabeça, Mark percebe a figura de Peter que está parado em sua frente e de braços cruzados. A cara fechada de Peter aparenta ser motivada por algo além do cansaço e ele fala com uma voz firme:

- Pelo visto você não foi para casa dormir e ficou mais uma vez a noite inteira nesse simulador.

Mark faz um certo esforço para se levantar da escada e desce para se aproximar de Peter e responder:

- Se ninguém aqui está tendo esse privilégio eu não vejo porque eu deveria.

Peter dá um sorriso com o canto da boca e retruca:

- Acontece que nenhum de nós está prestes a pilotar uma espaçonave que custou centenas de milhões de dólares do dinheiro dos contribuintes.

Mark dá uma leve gargalhada e depois de alguns segundos aproveita o gancho para questionar:

- E por falar nisso, alguma novidade do pessoal do Projeto Nautilus? Sem eles, essa espaçonave tão cara não vai a lugar nenhum... a não ser que estejam querendo que eu mergulhe de cilindro no oceano de Europa.

Os dois gargalham mais uma vez e mostram que, apesar do cansaço, seu bom humor está tão intacto quanto a disposição de suceder no desafio apresentado. Depois de alguns instantes, Peter responde:

- Pois foi justamente por conta disso que eu vim te procurar. A equipe deles acabou de chegar com o submersível e preciso de você lá para ouvir as instruções junto com nossos técnicos.

Mark dá um grande sorriso que transparece sua alegria com a excelente notícia e diz:
- Ótimo, finalmente! Vamos lá então.

Mark e Peter caminham em direção à sala onde a equipe do Projeto Nautilus os aguarda. Ao chegarem próximo à sala de Peter, eles já conseguem ver um objeto grande por sobre um carro de transporte encoberto por uma lona preta. Mark não resiste e dá uma espiada no submersível, conseguindo distinguir sua cor amarela viva e seu formato esguio que se assemelha a um submarino em miniatura com duas hélices propulsoras no fundo. Depois de matar a curiosidade, os dois entram e encontram várias pessoas reunidas na sala, algumas sentadas e outras de pé. Sobre a mesa, uma miniatura do submersível que acabaram de ver descansa enquanto motiva os cochichos que tomavam a sala até a entrada de Peter e Mark. Peter toma a iniciativa para tentar organizar o encontro e diz:

- Muito bem, desejo boas-vindas à equipe do Projeto Nautilus e confesso que já estava com medo de vocês não aparecerem. Meu nome é Peter e sou o líder do Projeto Explorar que teve seus esforços redirecionados para explorar a lua de Júpiter, Europa.

Antes mesmo que Peter possa continuar, um dos homens que estava sentado na mesa se levanta e fala:

- Olá Peter, meu nome é Matheus e sou o engenheiro líder do Projeto Nautilus. Me desculpe pela demora, mas fomos pegos de surpresa e tivemos que trabalhar um bocado antes de entregar o submersível para vocês. Eu também serei o representante da equipe e acompanharei de perto a missão para dar o suporte necessário.

Mark está com uma pulga atrás da orelha desde que viu o equipamento sob a lona e decide botar logo para fora seu temor:

- Caro Matheus, meu nome é Mark e serei o piloto da missão. Porém, não pude deixar de perceber que o submersível parece ser um pouco pequeno para mim...

Os membros da equipe do Projeto Nautilus sorriem do comentário de Mark, mas Peter faz cara de surpresa e fala olhando para Mark:

- Pequeno? Eu achei ele grande e nem sei como vamos fazer para ele caber dentro do compartimento de carga da Interceptor. Qualquer coisa a gente instala uma sauna na espaçonave para você ir emagrecendo até chegar a Europa.

Depois de também rir bastante, Matheus balança negativamente a cabeça e diz:

- Podem ficar tranquilos, pois na verdade nosso submersível é um AUV, ou seja, um veículo subaquático autônomo. O Deep-X foi desenvolvido para ser enviado em uma missão não tripulada a Europa através de um foguete que o deixaria na superfície da lua de Júpiter. Porém, e até por isso estamos aqui reunidos, a NASA decidiu adiantar esse envio para ser feito pelo Projeto Explorer em seu uso pioneiro da tecnologia EM-Drive.

Mark fica aliviado de saber que não vai precisar entrar no submersível para explorar os oceanos de Europa, mas sua alegria é logo substituída com outro medo que ele faz questão de manifestar o quanto antes:

- Mas então eu vou ter que aprender a operar esse submersível sozinho?

Matheus dá um leve sorriso que mostra que ele já estava preparado para este questionamento e fala:

- Na verdade não e este é o motivo pelo qual demoramos tanto para entregá-los o Deep-X. O projeto original prevê que ele seja autônomo e tenha inteligência artificial para se locomover e operar, mas ainda não tivemos tempo de finalizar essa parte. Ao saber que vocês usariam o M.A.I.C. nesta missão, pensamos que o melhor seria integrar os comandos do submersível em sua inteligência artificial, ou seja, toda a operação será feita pelo computador da espaçonave. A única obrigação sua será levar o Deep-X até a superfície de Europa no ponto que permitirá um acesso mais fácil ao seu oceano

Peter balança afirmativamente a cabeça e comenta:

- Ótimo. Apesar da incerteza de colocarmos outra coisa tão crucial sob o comando de M.A.I.C., seria impossível preparar Mark a tempo para controlar o submersível. E quanto a suas capacidades de exploração?

Matheus pega a miniatura do submersível que está sobre a mesa e começa a falar enquanto sinaliza com o modelo:

- Como já disse, o Deep-X foi desenvolvido tendo em mente as condições esperadas para os oceanos de Europa. Além do poder de perfurar o gelo para alcançar a água através de lasers, ele possui também braços mecânicos retráteis para coletar amostras, um laboratório portátil para realizar análises e diagnósticos e uma estrutura reforçada para suportar condições extremas de temperatura e pressão. Realizamos extensivos testes em diversos locais com condições variadas e acreditamos que ele está apto para a missão.

Peter franze a testa e fica admirado com a resposta, mas logo em seguida retruca:

- Isso se a gente conseguir colocar ele dentro da nossa nave. Pelo visto você vai ter que levar uma mala menor, Mark.

Mark sorri junto com todos os demais na sala e responde mantendo o bom humor:

- Bem que eu te falei para a gente fazer um porta-malas maior!


As gargalhadas na sala mostram que todos estão felizes e aliviados de que, ainda que na última hora, tudo parece estar se encaixando perfeitamente para o sucesso da missão. Por alguns instantes eles ficam alheios aos desafios que ainda restam e o final positivo da reunião serve para renovar suas forças e a confiança de que juntos eles conseguirão superar todos os obstáculos restantes.

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