No Netlix:A Revolução do Altruísmo(2015)
Um filme pra bicho grilo ou há um real motivo para acreditar em algum sentimento nobre natural do ser "bicho" humano? Nem tão céu, nem tão terra. Confira no review abaixo.
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Não tão "Davos" como poderia ser...E isso é infelizmente verdade... |
Entre as novidades da Netflix temos o documentário de 2015 que pode ajudar um pouco nós brasileiros nesse processo de reafirmação ou questionamento sobre a confiança no próximo. Porém, antes de tudo recomendaria tanto o livro "A mais pura Verdade sobre a Desonestidade" e seu equivalente como documentário que ainda se encontra disponível na Netflix com o nome de "(dis)honesty the truth about lies"(estranhamente a pesquisa deve ser feita com o nome em inglês, mas ao não nativos da lingua anglo-americana, não se preocupem porque a tradução foi muito bem feita com a legenda). Ele é um complemento, ou quase requisito diria, para um melhor desenvolvimento do tema. O porquê é explicado abaixo.
Com a premissa de tentar justificar que não só justificável para o cidadão global capitalista moderno moralmente, supostamente o altruísmo, aqui basicamente como o sentimento de empatia e preocupação com o próximo de forma prática e saudável, seria esse sentimento algo lógico e natural e que, surpresa, deve até ser estimulado como um atributo na formação do cidadão, o filme teria antes de tudo um desafio filosófico. E talvez é justamente aí que ele não é tão feliz como o livro e documentário supra citado.
Ao contrário do "...sobre a Desonestidade" que recomendaria como um manual não psicótico de como viver no Brasil e não surtar, e inclusive ser um bom co-cidadão, ele não é tão bom em desconstruir um dos problemas mais sérios que temos atualmente: de que o brasileiro é essencialmente corrupto e, supresa, essencialmente mal. Sim, temos falhas graves de estimulação em pensar em um bem comum coletivo, mas não significa que não tenhamos empatia com nosso semelhante e de que não sejamos praticantes de boas ações frequentes e desinteressadas. Em A Revolução do Altruísmo, por meio de uma série de pesquisas e estudos, vemos que essencialmente gostamos de colaborar e se alinhar a um comportamento de benefício coletivo, já desde de crianças. E que o efeito de dividir grupos de interesse pode ser a raíz de uma série de desvios, seja em desconstruir a união como espécie e não vermos como semelhantes e todas as sub consequências disso.
Porém, o desafio filosófico inicial é meio que perdido pela quase obsessão de ressaltar a importância da meditação com uma suposta relação da facilidade de realizar o altruísmo em si. É uma pena já que o próprio filme traz uma série de evidências muito interessantes de mudanças fisiológicas e benéficas sobre o habito de meditação, inclusive na vida já adulta e com resultados no cérebro já formado, o que pode render até outro filme, ou, também muito interessantemente os benefícios da meditação quanto ao problema da violência , drogas nas escolas ou na gestão de stress em profissões extremamente tóxicas sobre esse aspecto como a pratica da medicina. Mas lembre-se, o filme era para me convencer de que o altruísmo é um comportamento social ótimo supra moralmente , correlação que se enfraquece no foco subsidiário entre esses fatores. E o mais engraçado: a resposta o brasileiro médio sabe de cor. Quer ver?
Basicamente como povo temos questionado o ganho em viver na constante chamada "Lei de Gerson", do "jeitinho", onde um perde e ganha, ou no requisito que deve haver um otário para um malandro se dar bem. Esse sistema já filosoficamente gera um custo de sempre verificar se está sendo passado para trás estressante e , pior, limitador inclusive no espectro de atitude da pessoa. Não se trata de ser mais nobre que o amiguinho, mas simplesmente que é menos custoso até mentalmente. Isso é provado de forma universal no documentário "... Desonestidade"e aqui essa constatação se perde. As consequências coletivas são relativamente conhecidas do brasileiro, mas não são e não podem ser imutáveis. Outra coisa curiosa é não citar os interessantes estudos da Economia sobre justamente o Altruísmo, que inclusive renderam já alguns Nobels à grandes pensadores.
Resumindo, vale como instigador de há sim mais um viés positivo do que especialmente ruim do ser humano, ainda que poderia ser melhor desenvolvido até filosoficamente. Quem sabe, sobre o tema, não seria um campo nato para nós brasileiros sobre isso? Ou pelo menos humildemente, uma contribuição sobre a discursão sobre o tema? Contudo, vale e justificam os 7,4 do imdb e a uma hora e meia de duração, mesmo com as deficiências do mesmo.
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