Filme da vez: Alien - Covenant (2017)
Uma suruba de alienígenas? Não, é a continuação do Prometheus! Confira o resultado a seguir. |
Título original: Alien: Covenant
Ano de Lançamento: 2017
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Ridley Scott
Estrelas: Michael Fassbender, Katherine Waterston, Billy Crudup
Sinopse: Viajando pela galáxia, os tripulantes da nave colonizadora Covenant encontram um planeta remoto com ares de paraíso inexplorado. Encantados, eles acreditam na sorte e ignoram a realidade do local: uma terra sombria que guarda terríveis segredos e tem o sobrevivente David (Michael Fassbender) como habitante solitário.
O talento de Ridley Scott como diretor é algo que não pode ser questionado e sua contribuição para a ficção científica é imensa depois de nos presentear com dois dos maiores clássicos do gênero: 'Alien, O Oitavo Passageiro' e 'Blade Runner'. Porém, quando em 2012 ele tentou reviver a franquia Alien com a história de origem 'Prometheus', o resultado foi, no mínimo, inusitado. Agora, ele dá prosseguimento à sua "história de origem do xenomorfo" em um filme que mais uma vez desperdiça um enorme potencial e mostra que nem mesmo um diretor consagrado, um bom elenco e um orçamento generoso são garantias de um bom filme.
Em 'Prometheus', Ridley Scott mudou o foco da franquia Alien, removendo grande parte do terror/ação e inserindo questões filosóficas que interligaram a criação do xenomorfo com a criação da própria raça humana através da figura dos "engenheiros". Além da temática polêmica e ousada, a falta da "estrela da série"(o xenomorfo) fez com que a recepção dos fãs fosse morna. Porém, como estamos falando de Ridley Scott, o estúdio decidiu continuar apoiando sua visão (que inclusive causou a morte do promissor projeto de Alien 5 do talentoso Neill Blomkamp) e deu luz verde à sequência. Em 'Alien: Covenant', descobrimos o que aconteceu com o android David e a Dr.a Elisabeth Shaw, os dois únicos sobreviventes da missão Prometheus e que partiram para o planeta dos engenheiros em busca de "respostas". Em paralelo a isso, a nave colonizadora Covenant é atraída ao mesmo planeta devido a uma transmissão de Shaw e acaba se envolvendo na trama.
Além da história já manjada de "equipe que se dá mal ao responder a uma transmissão desconhecida", o roteiro é cheio de situações que nos fazem questionar o treinamento de uma equipe que é a responsável pela vida de mais de dois mil colonizadores espaciais. O filme começa até bem e trazendo à tona novamente questões filosóficas interessantes, mas elas nunca chegam a ser trabalhadas depois e fica claro que o diretor e os roteiristas tiveram que mudar a ideia original lançada com Prometheus para incluir mais elementos de terror e ação que faltaram naquele filme, talvez como uma forma de atrair um público maior. Só que o resultado é um filme meio forçado e um pouco desconexo que tenta nos assustar da mesma forma que os outros filmes da franquia já fizeram, principalmente o primeiro.
Tudo isso é uma pena, pois temos vários ingredientes para um excelente filme de ficção: produção caprichada, efeitos de excelente qualidade, ótimo elenco, etc. E por falar em elenco, as novas caras não decepcionam e a franquia mantém a tradição de ser carregada por uma protagonista feminina, desta vez encabeçada por Katherine Waterston que, apesar de estar longe do carisma de Sigourney Weaver ou do talento de Noomi Rapace, cumpre bem seu papel. O grande destaque mesmo é Michael Fassbender e ele corresponde à sua posição central na trama tirando de letra todas as cenas, sejam de ação ou mais dramáticas.
Em suma, o que temos é mais um filme no universo Alien que, ainda que seja obrigatório para os fãs da franquia e de Ridley Scott, está longe de superar os dois primeiros da série e não faz jus ao talento do diretor. No final, temos mais uma vez uma preparação para outra continuação e ao que parece ela já foi até confirmada por Scott. Diferentemente do que aconteceu comigo no final de Prometheus, não estou tão interessado em saber o que acontecerá depois e preferia que o estúdio voltasse atrás e continuasse com a ideia de Alien 5 com Neill Blomkamp, mas, como diria o saudoso Belchior: "eu sou apenas um rapaz, latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior...."
Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)
O talento de Ridley Scott como diretor é algo que não pode ser questionado e sua contribuição para a ficção científica é imensa depois de nos presentear com dois dos maiores clássicos do gênero: 'Alien, O Oitavo Passageiro' e 'Blade Runner'. Porém, quando em 2012 ele tentou reviver a franquia Alien com a história de origem 'Prometheus', o resultado foi, no mínimo, inusitado. Agora, ele dá prosseguimento à sua "história de origem do xenomorfo" em um filme que mais uma vez desperdiça um enorme potencial e mostra que nem mesmo um diretor consagrado, um bom elenco e um orçamento generoso são garantias de um bom filme.
Em 'Prometheus', Ridley Scott mudou o foco da franquia Alien, removendo grande parte do terror/ação e inserindo questões filosóficas que interligaram a criação do xenomorfo com a criação da própria raça humana através da figura dos "engenheiros". Além da temática polêmica e ousada, a falta da "estrela da série"(o xenomorfo) fez com que a recepção dos fãs fosse morna. Porém, como estamos falando de Ridley Scott, o estúdio decidiu continuar apoiando sua visão (que inclusive causou a morte do promissor projeto de Alien 5 do talentoso Neill Blomkamp) e deu luz verde à sequência. Em 'Alien: Covenant', descobrimos o que aconteceu com o android David e a Dr.a Elisabeth Shaw, os dois únicos sobreviventes da missão Prometheus e que partiram para o planeta dos engenheiros em busca de "respostas". Em paralelo a isso, a nave colonizadora Covenant é atraída ao mesmo planeta devido a uma transmissão de Shaw e acaba se envolvendo na trama.
Além da história já manjada de "equipe que se dá mal ao responder a uma transmissão desconhecida", o roteiro é cheio de situações que nos fazem questionar o treinamento de uma equipe que é a responsável pela vida de mais de dois mil colonizadores espaciais. O filme começa até bem e trazendo à tona novamente questões filosóficas interessantes, mas elas nunca chegam a ser trabalhadas depois e fica claro que o diretor e os roteiristas tiveram que mudar a ideia original lançada com Prometheus para incluir mais elementos de terror e ação que faltaram naquele filme, talvez como uma forma de atrair um público maior. Só que o resultado é um filme meio forçado e um pouco desconexo que tenta nos assustar da mesma forma que os outros filmes da franquia já fizeram, principalmente o primeiro.
Tudo isso é uma pena, pois temos vários ingredientes para um excelente filme de ficção: produção caprichada, efeitos de excelente qualidade, ótimo elenco, etc. E por falar em elenco, as novas caras não decepcionam e a franquia mantém a tradição de ser carregada por uma protagonista feminina, desta vez encabeçada por Katherine Waterston que, apesar de estar longe do carisma de Sigourney Weaver ou do talento de Noomi Rapace, cumpre bem seu papel. O grande destaque mesmo é Michael Fassbender e ele corresponde à sua posição central na trama tirando de letra todas as cenas, sejam de ação ou mais dramáticas.
Em suma, o que temos é mais um filme no universo Alien que, ainda que seja obrigatório para os fãs da franquia e de Ridley Scott, está longe de superar os dois primeiros da série e não faz jus ao talento do diretor. No final, temos mais uma vez uma preparação para outra continuação e ao que parece ela já foi até confirmada por Scott. Diferentemente do que aconteceu comigo no final de Prometheus, não estou tão interessado em saber o que acontecerá depois e preferia que o estúdio voltasse atrás e continuasse com a ideia de Alien 5 com Neill Blomkamp, mas, como diria o saudoso Belchior: "eu sou apenas um rapaz, latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior...."
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