Viajando na maionese:Como jogar videogame no Brasil em dias de dólar sinistro
É possível jogar bastante e não gastar muito? E como fica a situação do gamer no Brasil com o dólar no espaço? E ainda vale a pena investir na geração antiga? Confira essas e outras respostas na matéria abaixo
Vida bandida nos preços(porque estão um assalto) |
Viver no Brasil tem um lado bom: nunca as coisas são as
mesmas. Pelo menos de certa forma. Para o gamer no Brasil, o dólar subir como
está subindo(e tem cara que não vai parar aí) já é um cenário que vai ficar por
um bom tempo. Vamos pular o ponto de serem jogos uma forma de cultura ou o absurdo da classificação brasileira tributária. É possível se divertir com
jogos eletrônicos e não ficar (mais) pobre?
Bom, sim. Há várias alternativas. E muitas dentro da lei e a
razoabilidade. A primeira é investir em um PC. O ruim é que para jogos,
dependendo do nível gráfico que você quer, isso demanda dinheiro. Às vezes,
bastante dinheiro. Só que depois disso a vantagem frente aos consoles é bem
grande. Grande porque você poderá fazer upgrades pontuais(e pedir na cara de
pau para alguém buscar alguma peça lá de fora. Claro, declarada ;)) como hds,
memórias ou até processadores. O limite é a boa vontade alheia e o seu bom
senso. Não perca o amigo por isso. Outro motivo é que os jogos de PCs são
tradicionalmente mais baratos. Ok, há exceções como o do Fallout 4 que está
absurdo, talvez pegando carona com exemplos anteriores como o último Mortal
Combat. Só que esses são poucos exemplos. A maioria é entre 50% ou menos do
preço dos consoles. E também aquele suplicio de configurações iniciais e
instalação em si foram reduzidos com ambientes fechados como a Origin da EA e a
Steam. Sim, não são perfeitos e os ajustes realizados por esses programas são,
para dizer o mínimo, modestos. Sempre procure dar uma olhadinha neles para ter
uma melhor experiência. E por fim, a favor do PC, essa geração de consoles de
fato não entregou um salto qualitativo comparável com as anteriores. Não é
difícil montar uma máquina que supera e muito os atuais consoles já hoje em dia.
A possibilidade de jogar com joysticks dos consoles no PC é até incentivada
pela Microsoft, tendo suporte natural em muitos jogos para esse modo de jogo(vamos
ver até onde vai a promessa de trazer grandes jogos para o Windows 10).
Só que a falha na alternativa da opção do PC de desempenho
médio é que ele é muito sensível a própria alta do dólar
e presume que você tenha um investimento inicial entre 1,5 até 3 vezes mais do
que o preço de um console da nova geração. E por algum motivo qualquer(porque
seus amigos tem e você quer jogar com eles, por exemplo), você quer/tem que
trilhar esse caminho. A primeira pergunta é qual dos dois grande consoles(sim,
eu tenho um Wii-U e parece que até a Nintendo já desistiu dele. Sacanagem com
que acreditou na marca. É a vida). A Microsoft conseguiu fazer um ótimo
trabalho na divulgação e construção do suporte do console deles no país. A
garantia funciona(eu mesmo tive que usar e foi uma ótima experiência apesar dos
problemas iniciais) e os preços tendem a se manter competitivos. A Sony enrolou e enrolou e por enquanto, de
fato, ainda não fez muita diferença com a promessa de fabricar aqui no país. Só
que ambas empresas ainda podem fazer uma diferença crucial: a nacionalização da
conta principal.
Um detalhe importante e muitas vezes esquecido por muitos, o
país de vinculação da conta associada do videogame faz diferença. Durante bons
anos, era mais vantajoso comprar na loja virtual do que comprar a mídia física.
Claro, descontando o gosto de “ter” o jogo fisicamente. Só que agora o jogo
inverteu. E parece que a diferença vai aumentar ainda mais. Primeiro porque não
só o preço não necessariamente vai acompanhar seu equivalente lá fora(é só
fazer as contas do preço de amazon ou mesmo Live/Playstation Store com o que
vemos em território nacional), também porque se tem visto que cada vez mais as
promoções da matriz são feitas aqui também. Por fim, ter o jogo físico voltou a
ser muito importante. Pelo menos por um tempo. Além do preço “menor” no mercado
interno, há várias alternativas de trocas (tanto sites especializados como
grupos no facebook realizam essas trocas). A compra de usados não chega a ser uma idéia
tão ruim em uma economia frágil como a nossa(uma forma engraçada de evitar que
copias brasileiras venham a ser usadas por americanos por uma fração do preço
praticado lá são os jogos com “tradução exclusiva” forçada. Tem uma coisa que
gringo odeia é legenda ou outras línguas).
E para finalizar, duas dicas simples, porém muito válidas:
quem espera o lançamento não joga com a galera, mas economiza um montão. Tanto
na oferta dos usados, como nas promoções. E isso vale até nos consoles
anteriores para quem está voltando a jogar. Tanto o Xbox 360 como o PS3 tem
excelentes jogos que estão sendo vendidos nas lojas por ¼ ou até 1/5 de um jogo
da nova geração. Com a decisão da Microsoft de dar compatibilidade retroativa
no Xbox One, é um bônus interessante de você correr atrás de certos jogos.
Vamos esperar a resposta da Sony. E se você tem o habito de jogar muitos jogos
diferentes, sem dúvida vale assinar a Live Gold ou PS Plus já que ambas “dão”
jogos. O problema é que na Sony os jogos “dados” são dependentes de você
continuar sendo assinante ou não. Se você tiver a conta lá fora, vai se
preparando para a data de renovação.
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