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Filme da vez: Chappie

Um robô delinquente ou um Robocop cheio de marra? Confira na nossa análise.

Nota imdb: 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Chappie
Ano de Lançamento: 2015
Diretor: Neill Blomkamp
Estrelas: Sharlto Copley, Dev Patel, Hugh Jackman, Sigourney Weaver
Sinopse: Em um futuro próximo, a África do Sul decidiu substituir os seus policiais humanos por uma frota de robôs ultra resistentes e dotados de inteligência artificial. O criador destes modelos, o brilhante cientista Deon (Dev Patel), sonha em embutir emoções nos robôs, mas a diretora da empresa de segurança (Sigourney Weaver) desaprova a ideia. Um dia, ele rouba um modelo defeituoso e faz experiências nele, até conseguir criar Chappie (Sharlto Copley), um robô capaz de pensar e aprender por conta própria. Mas Chappie é roubado por um grupo de ladrões que precisa da ajuda para um assalto a banco. Quando Vincent (Hugh Jackman), um engenheiro rival de Deon, decide sabotar as experiências do colega de trabalho, a segurança do país e o futuro de Chappie correm riscos. 

Não estava nos meus planos assistir a este filme, ainda que sua premissa tivesse despertado meu interesse. A chance apareceu ao chegar para assistir ao Vingadores 2 e saber que a sessão havia sido adiada. O cinema ofereceu uma entrada grátis como reparação e, diante das opções, não tive dúvidas de qual filme escolher. E posso dizer que fiquei muito satisfeito com o que assisti.

O roteiro do filme traz a história da criação do primeiro robô consciente da humanidade. Mas o filme não faz isso da forma tradicional. Não espere qualquer tipo de embasamento técnico para explicar as magias tecnológicas executadas durante a película. Mais uma vez o diretor Neill Blomkamp insere seu enredo em um cenário carregado de conteúdo político e de críticas sociais, mostrando uma África do Sul onde o mercado de robôs policiais com inteligência artificial está em alta para combater a escalada da violência. Só que o foco do filme, inteligentemente, fica mesmo na figura do robô protagonista e de sua luta para sobreviver. Destaque para a ideia de que um robô consciente é como um bebê e precisa aprender tudo como outro ser humano qualquer. E, para fugir ainda mais dos clichês, o diretor decidiu inseri-lo em um "núcleo familiar metralha" onde, junto com suas primeiras palavras, aprende xingamentos, gírias e como manejar armas e fazer pequenos delitos. Por mais que esta escolha possa ser alvo de críticas, acho interessante a busca em mostrar que até mesmo os bandidos possuem seu senso de justiça e que, mesmo inserido em um ambiente ruim, um indivíduo pode escolher fazer a coisa certa.

Temos as participações de alguns rostos bem conhecidos, como Hugh Jackman incorporando um bom vilão e Sigourney Weaver como uma CEO meio apagada. O criador do robô, interpretado por Dev Patel, não convence tanto apesar de sua boa atuação e deixa uma impressão de um "colegial fazendo um projeto de ciências". Mas quem brilha mesmo é o robô que dá nome ao filme e a sua família de desajustados. Mesmo não podendo fazer uso de expressões faciais, Chappie é muito expressivo e consegue deixar claro suas emoções através de voz e gestos. Isso serve também para render boas risadas durante o filme.

Os efeitos especiais são, mais uma vez, um dos destaques do trabalho deste diretor. Vemos um futuro com robôs sujos e realísticos, nada daquela coisa polida que geralmente vemos em Hollywood. A captura de movimentos é perfeita e ajuda a construir ótimas cenas de ação com os robôs.

Se você gosta de ficção científica e já conhece o trabalho de Neill Blomkamp, com certeza ficará satisfeito com este filme. E para os que não se incluem neste grupo, é uma chance de ver uma visão diferente de robôs com sentimentos e que precisam aprender a lidar com os mesmos conflitos e preconceitos que muitos de nós passamos. 

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