Filme da Vez: Vingadores 2 - A Era de Ultron

Alguém jogou água em um gremlin robô? Não, é o novo filme dos Vingadores. Confira se ele vale à pena em nossa análise.

Nota imdb:8,9(http://www.imdb.com/title/tt2395427/)
Título original: Avengers: Age of Ultron
Ano de Lançamento: 2015
Diretor: Joss Whedon(O segredo da Cabana, Buffy, Toy Store 1 e Os Vingadores 1)
Roteristas: Joss Whedon, Stan Lee e Jack Kirby(quadrinhos)
Estrelas: Robert Downey Jr(Tony Stark), Chris Hemsworth(Thor), Mark Ruffalo(Hulk), Chris Evans(Steve Rogers), Scarlett Johnansson(Natasha Romanoff), Jeremy Renner(Clint Barton, ou Hawkeye), James Spader(Ultron), Samuel L. Jackson(o bom e velho Nick Fury), Don Cheadle(James Rhodes/War Machine), Aaron Taylor-Johnson(Pietro Maximoff/Mércurio),Elizabeth Olsen(Wanda Maximoff(A feticeira escarlate), Paul Bettany(Jarvis/Visão), Cobie Smulders(Maria Hill) e Anthony Mackie(Sam Wilson/O Falcão), entre outras.

Sinopse:Uma descoberta durante uma invasão de uma base da H.I.D.R.A. faz com que Tony Stark venha a querer melhorar o sistema de defesa planetário por meio de uma inteligência artificial que pode finalmente levar a paz mundial. É óbvio que é uma má ideia e que vai render “altas confusões”.

Este review tenta não revelar nenhum grande spoiller, principalmente frente ao que já está disponível nos trailers. Aliás aqui vai a primeira dica: não os veja. Não que o filme vai ficar imensamente prejudicado, mas realmente é a situação de você perder alguns bons momentos por já saber o que vai acontecer.

Eu particularmente não sabia, mas o Ulton é um personagem muito velho. Na verdade ele é de 1968 no Avengers #54 liderando a Masters of Evil e hipnotizando o Jarvis para trabalhar para ele. O Ultron daquele tempo era o típico caso da máquina sociopata, como também tinha outro tipo de ritmo. Também aproveitei para ler antes do filme o Rage of Ultron e o mais famoso que é o nome do filme, Age of Ultron. Em ambos casos a coisa tende a um plot um pouco mais complexo: a raiva e o medo do criador são amplificados em uma máquina extremamente eficiente que vê os humanos como exemplo de uma alta entropia. Há momentos de conflitos nos quadrinhos que nenhum terapeuta vai botar defeito entre o pai e a criatura. E um futuro a lá “Dias de um Futuro Esquecido”. E daí vem outra revelação dos quadrinhos originais: quem criou o Ultron no original não foi Stark, mas sim Hank Pym, o original Homem Formiga, franquia que ainda vai decolar no universo Marvel.

Já na sequência da franquia, voltando aos filmes, Tony percebe que a Terra ainda confia demais na presença dos Vingadores. Mais além, ele teme as diferenças, as vezes substanciais, entre os integrantes. Ele vê a oportunidade de finalmente poder melhorar o sistema de defesa mundial contra grandes ameaças automatizando ele (como todo bom engenheiro faria). A senha para que isso automaticamente não funcionasse era querer a Paz Mundial, que só pode ser desejada pelas candidatas do Miss Mundo.

O filme tem uma história relativamente bem simples. E isso seria ótimo se o vilão tivesse o mesmo peso do filme anterior, só que não tem. O Ultron ficou devendo nessa aparição. As cenas de ação variam muito de qualidade, com destaque entre o confronto entre dois heróis no meio da cidade. Só que há momentos que fez falta aquela tecnologia dos filmes do Hobbit de 48 quadros por segundo, aquela que dá impressão que você está vendo novela no cinema, mas que é muito melhor para cenas de movimentos rápidos ou muita coisa se mexendo na tela. O som também as vezes fica prejudicado em algumas cenas de grandes explosões dependendo do cinema que você assistir. Ah, sim, e há o problema de duração de algumas lutas que pode não agradar a todos.

Uma ausência seria a participação maior do pessoal do Agentes da S.H.I.E.L.D, dando a estranha certeza que eles não podem se misturar por ser gentalha. E também não espere uma “seriedade” (na medida do possível em uma série de super-herói) como a vista em Demolidor (olha a piada) já que o clima é mais sinistro, mas não muito mais. Será medo de não chocar o público mais jovem? Não sei. Há uma parte no final que eu tenho certeza que mudaram para não ficar um “climão”.

Contudo, o filme tem seus bons momentos: a dinâmica de relacionamento de alguns personagens, algumas pontas soltas para as novas franquias da Marvel e, a forma sutil da mudança importante no sistema de forças daquele Universo.

Resumindo, é um ótimo filme para os fãs da Marvel, mesmo que perderia se confrontado com o primeiro, porém é compreensível já que inicia-se uma fase de confrontos com inimigos muito mais poderosos. Ou seja, VALE À PENA, mas mesmo assim mantenha suas expectativas baixas já que assim você vai se divertir muito mais. Por fim, infelizmente a cena com referência ao Homem Aranha que ficou famosa há poucos dias atrás é falsa. Só há uma cena logo depois do início dos créditos. E para finalizar, um divertido vídeo do Nerdologia sobre o traje do Homem de Ferro.