Filme da Vez:Ida
Filme arte ou chato? Confira o review do ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro 2015
Eu também estou indo para Brasília... |
Nota imdb:7.5
Título original: Ida
Ano de Lançamento: 2013
Diretor: Pawel Pawlikowski
Estrelas:Agata Kulesza(Anna(que na verdade é a Ida do título), Agata Trzebuchowska(Wanda que não é um peixe), Dawid Ogrodnik(o saxofonista).
Sinopse:Prestes a tomar votos para se tornar freira, Anna é mandada visitar sua tia Wanna que sempre se mostrou não querendo conta com ela. Juntas pretendem descobrir onde estão seus parentes que há muito sumiram.
Confesso que gosto de filmes de ação. Só que também gosto muito de filmes intrigantes, com boa história, que nos fazem refletir. O Ida é um filme polêmico. Polêmico pela escolha de ser em preto e branco(há ótimos enquadramentos no filme? Sim. Contudo, essa escolha é só estética ou tem uma explicação prática?), a protagonista que quase nunca fala, cenários de prédios bem detonados(você vai se surpreender com semelhanças arquitetônicas da Polônia dos anos 60 e Brasília. Tsk, tsk, tsk Niemeyer!) e umas decisões de roteiro previsíveis.
Mas é um filme chato? Não é para todo mundo, com certeza. Há boas situações. Anna é mandada para sua tia até porque é necessária a certeza de que se realmente é a vocação dela ser uma serva de Deus. Entretanto, o que talvez ela não tinha tivesse ideia é que sua tia realmente não está nada empolgada em ver-la. Mesmo assim, decide ajudar-la a descobrir seu passado(e por consequência, a de Wanda também) durante a Segunda Guerra Mundial na Polônia. Como parte da família deles era judia, boas coisas não aconteceram com eles.
Como pontos altos do filme, a ironia da dupla de uma cínica, hyper prática juíza como Wanda e uma noviça quase muda rendem situações curiosas. As reflexões de partes da história recente da Europa valem, mas estão longe de chegar a serem denúncias. E o carro que elas usam já é uma curiosidade em si.
Infelizmente a crítica desse filme fica prejudicada pelo Oscar. Explico:Oscar, como sempre fala Jurandir Filho, não é Cannes, Sundance ou outros festivais. É um prêmio da industria de filmes! Só que a categoria melhor filme estrangeiro costuma ser bem equilibrada em opções de filmes. Até o momento desse post, não foi possível ver Tangerinas e nem elogiado Timbuktu. Dos outros concorrentes, excetuados os dois anteriores, particularmente indicaria o Retratos Selvagens(se não o conhecer, leia por favor esse post). Esse é um filme mais completo por divertir, servir com reflexão, surpreender e encantar. Mas alegre-se: é o Oscar nos dando desculpas de vermos mais filmes!
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