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Filme da vez: X-Men: Primeira Classe


Nota imdb: 7,8 (até o dia da postagem):  (IMDB)
Título original: X-Men: First Class
Ano de Lançamento: 2011
Diretor: Matthew Vaughn
Estrelas: James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence 
Sinopse: Anos 60. Charles Xavier (James McAvoy) é formado em teologia e filosofia e realiza um trabalho de pós-graduação junto às Nações Unidas. Na univesidade de Oxford ele conhece Erik Lehnsherr (Michael Fassbender), filho de judeus que foram assassinados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Erik apenas escapou graças ao seu poder mutante de controlar metais, que permitiu que fugisse para a França. Ao término da guerra, Erik passou a trabalhar como intérprete para a inteligência britânica, ajudando judeus a irem para um país recém fundado, hoje chamado Israel. Charles e Erik logo se tornam bons amigos, mantendo um respeito mútuo pela inteligência e ideais do outro. Em 1965, Charles decide usar seus poderes psíquicos para ensinar jovens alunos mutantes a usarem seus dons para fins pacíficos. Nasce a Escola para Jovens Superdotados, gerenciada pelos dois amigos.


Aproveitando a proximidade com a estréia da nova aventura da equipe de mutantes mais famosa dos quadrinhos (X-Men: Dias de um futuro esquecido estréia em 23 de maio de 2014) resolvi finalmente retirar o lacre do meu blu-ray de X-Men: Primeira Classe para assistir a este excelente filme com um olhar mais apurado. Posso dizer que o filme me agradou ainda mais nesta segunda vez e que ele é uma amostra de quanto os filmes de super-heróis evoluíram e uma prova de que este gênero pode gerar películas com uma boa história, personagens complexos e ainda assim agradar aos fãs "nerds" e mais exigentes.

A trama acompanha o início do "fenômeno mutante" e traz os jovens Professor Xavier e Magneto mostrando como sua amizade começou em paralelo à formação da escola para jovens super dotados e consequentemente a criação dos X-Men. O roteiro é muito bem escrito e além de desenvolver bem os personagens ele insere de forma muito inteligente a temática mutante em um dos incidentes mais tensos da guerra fria: a crise dos mísseis em Cuba. Os protagonistas possuem a profundidade necessária para causar empatia com seus conflitos internos e a questão do preconceito com os mutantes é muito bem explorada.

Mesmo um excelente roteiro não poderia obter sucesso sem bons atores para trazê-lo à vida e podemos dizer que o filme é extremamente afortunado neste quesito. Se aproveitando bem da ousadia de atores promissores e em ascensão (algo que parece ser uma das marcas dos filmes da equipe mutante, como diriam Halle Berry e Hugh Jackman ), os produtores e o diretor conseguiram montar um elenco de luxo. Quem não ficaria empolgado para assistir a um filme que reúne James McAvoy, Michael Fassbender e Jennifer Lawrence? Pois é, não tinha como dar errado. O primeiro constrói a figura do Professos Xavier de forma excepcional e acentua o lado humano e "pai" do personagem dos quadrinhos em contraste com a raiva e desejo de vingança que movem o impulsivo e poderoso Magneto interpretado magnificamente pelo segundo. Já a meteórica e deslumbrante Jennifer Lawrence cria uma Mística que finalmente mostra de forma convincente a sua crise de identidade. Destaque também para o ótimo elenco de apoio e para o vilão Sebastian Shaw interpretado por Kevin Bacon, que mostra ainda estar "estrebuchando" em Hollywood. O ponto negativo fica para a fraquíssima Ema Frost interpretada pela bela (mas sem sal) January Jones.

Mas um filme dos X-Men precisa também de boas cenas de ação que valorizem os poderes mutantes da equipe e de seus vilões. E neste quesito o filme também não decepciona e intercala os momentos de calmaria com boas cenas de tensão que culminam com o emocionante e apoteótico final. Os efeitos especiais são de primeiro nível e os figurinos ajudam a manter o realismo ancorado em um grande evento da história recente. Destaque para o excelente uniforme final de Magneto que conseguiu se aproximar muito dos quadrinhos sem cair no ridículo. A trilha sonora também é marcante e fecha o pacote de maneira primorosa.

Muitas vezes em conversas com amigos menos "nerds" eu já escutei diversos elogios a este filme e inclusive clamores de "o melhor filme de super-heróis" já feito. Com seu elenco estelar e uma direção excepcional de Matthew Vaughn, realmente eu colocaria esta película no hall dos filmes de super-heróis que transcendem este universo e conseguem agradar a um público mais tradicional, assim como a trilogia do Cavaleiro das Trevas de Nolan. O filme dos X-Men deste ano, "Dias de um futuro esquecido", será dirigido por Bryan Singer e ele irá misturar a linha temporal do passado mostrada em Primeira Classe com um futuro apocalíptico habitado pelos envelhecidos membros da linha temporal dos filmes da trilogia original. Nada mais justo do que dar ao criador da franquia (e um dos responsáveis pelo renascimento do gênero) a chance de juntar todos os filmes dos mutantes na tentativa de se criar o maior filme de super-heróis de todos os tempos. Vamos torcer para a grande expectativa ser correspondida e, é claro, para finalmente vermos pelo menos um relance do icônico vilão Apocalypse nas telonas.

Um comentário:

  1. O que eu mais gosto desse filme é que não esperava nada dele e realmente me divertiu sem me chamar de burro. Muitos massacraram a ideia de voltar ao passado e contar o começo dos X-Men, principalmente depois do primeiro trailer, porém com um plot simples e funcional, conseguiu agregar pontos ao folclore da série, ao contrário do triste Wolverine... Sem dúvida tirou água de pedra...Muito bom filme!

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