Fica a Dica:House of Cards
Como uma série pode fazer cidadãos mais conscientes
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Maquiavel em aulas práticas |
Esse fim de semana fiz uma maratona de epsódios do House of Cards, segunda temporada, concluindo as treze partes que compoem a temporada dois e posso afirmar que ela continua sendo uma excepcional série para compreender como a política é feita hoje em dia.
Para uma série com impressionantes 9.0 no imdb, um prêmio Emmy e um Globo de Ouro, uma excepcional audiência, e tudo isso produzida por uma rede de conteúdo por streamming, no caso a NetFlix, empresa que realmente vem mostrando porque quer ser uma HBO em breve(uma nova temporada confirmada antes do lançamento da segunda), a obra conta com quase inédita liberdade para tratar de assuntos espinhosos da história recente que contrasta com a aparente boa relação com o poder no mundo real. Explica-se: o próprio Obama se declarou super fã e até rendeu uma brincadeira com integrantes do governo dele, como pode ser visto nesse vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=X7FVYJ6ONXk . Há até o tweet dele comemorou a volta da série pedindo nenhum spoiller da serie: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2014/02/1412560-astro-de-house-of-cards-responde-obama-aproveite-os-episodios.shtml.
E de fato a série não é só uma história sobre o processo de vingança de Francis(interpretado por Kevin Spacey) desde do momento que ele não foi indicado Secretário de Defesa, se empenhando a partir daí em derrubar o governo que o traiu, a interessante relação de forças no congresso americano, assim como a curiosa relação imprensa/poder. A série também mostra a dinâmica cace ou seja caçado que queima ou elimina qualquer um que não entende esse estilo de jogo.
Na segunda temporada teremos a continuação da tentativa de escala de Francis rumo à presidência, sendo que a série ganha o merito de criar um mundo paralelo com problemas e soluções muito semelhantes à história recente dos EUA, sendo relacionados problemas como a redefinição da idade de aposentadoria, a guerra comercial com a China, assédio sexual no Exército, a crise energética, a ameaça de paralisação do governo por causa do teto da dívida e o quase conflito China/Japão/EUA. Isso pode gerar, quiçá , até o fim da então amigável relação entre a produção e o governo.
Ao contrário da primeira temporada que era livre a assinantes ou não, essa nova exige que seja feito o vinculo com a NetFlix(mega dica: o acervo dela no Brasil melhorou, mas não se compara ainda com a do EUA. Só que mesmo assim ainda é possível, por meio de um plugin a ser instalado em um browser, de preferência que você não use para transações bancárias, não só acessar o NetFlix americano, como também Hulu e outros serviços. O caminho das pedras se encontra aqui: http://garotasgeeks.omelete. uol.com.br/2013/09/04/ tutorial-como-ter-acesso-a- biblioteca-americana-do- netflix/ ). Mesmo assim, se você ainda não usou o seu primeiro mês de graça na empresa, vale gastá-lo nele e no Orange is The New Black, série que será comentada em breve aqui no blog.
E por que o cidadão comum se beneficia assistindo essa série? Por ele pode ter uma visão mais crítica e pragmática de não só como é feita a política, mas também como ela é apresentada a sociedade. Eu diria que é uma série obrigatória para um eleitor mais consciente. Vale muito a pena!
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