Filme da vez: Samurai X - A Origem (2021)

  

Um desfecho inspirado que conta as origens de Kenshin e fecha o ciclo da franquia no cinema com chave de ouro

                                                                                                           

Nota IMDb: 7,7 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: Rurôni Kenshin: The Beginning

Ano de Lançamento: 2021

Diretor: Keishi Ohtomo

Estrelas: Takeru Satoh, Masanobu Andô, Towa Araki, Kasumi Arimura

Sinopse: Kenshin é um terrível assassino conhecido como Battosai. Mas quando ele conhece a doce Tomoe Yukishiro, sua história começa a mudar.

Crítica: Michael

Após um retorno inesperado com um quarto filme épico (veja nossa crítica aqui), a saga do Samurai X chega a mais um desfecho na forma de um filme que conta suas origens. Com uma clara mudança no tom e com um escopo um pouco menor que o anterior, desta vez temos um relato mais intimista e muito inspirado que fecha com chave de ouro a saga de Kenshin no cinema.

A história foca no período inicial da trajetória de Kenshin quando ele ainda era o "retalhador Battosai" e os acontecimentos que fizeram ele desistir de matar e passar a lutar pela justiça para pagar por seus pecados, incluindo a origem de sua famosa cicatriz em formato de X. Desta vez a fonte de inspiração sãos os OVAs e não a série de TV e, da mesma forma que na versão animada, há uma clara mudança no tom que passa a ser bem mais sério e dramático. Isso se mostra uma escolha acertada em respeito ao material original e também aos temas abordados. Um ponto negativo é o fato da parte da infância e do treinamento de Kenshin ter sido deixado de fora, pois isso ajudaria a explicar melhor suas motivações. De qualquer forma, o filme faz uma adaptação excelente dos demais elementos e e é finalmente uma oportunidade de ver o lendário Battosai em ação em live action. O desfecho também faz uma conexão perfeita com o início da primeira trilogia e mantém a continuidade intacta.

Outra diferença deste filme é seu escopo mais contido e isso se reflete nas lutas também. Saem as lutas épicas e repletas de extras e entram lutas mais focadas e rápidas. Isso combina bem com a pegada mais intimista da trama, mas não quer dizer que as coreografias ficaram piores, pelo contrário. As cenas de ação continuam empolgantes e fáceis de se entender, com vários momentos de tirar o fôlego.

Em termos de atuações, vale destacar a excelente performance de Takeru Satoh mais uma vez na pele de Kenshin, agora mostrando mais do seu talento dramático e provando novamente ser a escolha perfeita para o papel sem decepcionar nas cenas de luta. Outro ponto forte é a atuação de Kasumi Arimura como Tomoe em uma interpretação carregada de emoção.

Os fãs da versão live action de Kenshin tiveram duas agradáveis surpresas com os novos filmes lançados no NetFlix. Se o primeiro trouxe batalhas épicas e um desfecho digno com uma chance de se despedir dos personagens, este segundo finalmente mostra as origens de Kenshin e a emocionante história de como ele transformou em Battosai e depois fez o juramento de nunca mais matar, fazendo a conexão perfeita com o início da saga dele e fechando o ciclo. Esta excelente franquia é a prova definitiva de que é possível fazer adaptações de qualidade desde que se respeite os fãs e o material original.

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